tudo sobre a revolução pernambucana ( tudo mesmo )
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Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi um movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817 na então Capitania dePernambuco, no Brasil.
Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas, o absolutismomonárquico português e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que dificultava o enfrentamento de problemas locais (como a seca ocorrida em1816) e ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento no povo pernambucano e brasileiro.
Único movimento separatista do período de dominação portuguesa que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo de tomada do poder, a Revolução Pernambucana provocou o adiamento da aclamação de Dom João VI como rei e o atraso da viagem de Maria Leopoldina de Áustria para o Rio de Janeiro, mobilizando forças políticas e suscitando posicionamentos e repressões em todo oReino do Brasil.
Contou com relativo apoio internacional: osEstados Unidos, que dois anos antes tinham instalado no Recife o seu primeiro Consulado no Brasil e no Hemisfério Sul devido às relações comerciais com Pernambuco, se mostraram favoráveis à revolução, bem como os ex-oficiais de Napoleão Bonaparte que pretendiam resgatar o seu líder do cativeiro em Santa Helena, levá-lo a Pernambuco e depois a Nova Orleans.
Em 1817, aconteceu em Pernambuco uma séria rebelião. Os pernambucanos estavam passando grandes dificuldades com a queda dos preços dos seus produtos no mercado internacional e com a grande seca que causou prejuízos ainda maiores à lavoura. Além disso, para manter os gastos da corte no Rio de Janeiro, o governo aumentou os impostos, o que desgostou profundamente a todos, desde o povo até os proprietários de terra e comerciantes.
Os revoltosos, entre os quais intelectuais, padres e militares, inspirados na ideia nativistas e anticolonialistas da maçonaria, tomaram a sede do governo e constituíram um governo provisório. Eles prentendiam proclamar a República, elaborar uma constituição e abolir alguns impostos.
D. João enviou navios armados para retomar o controle e, após várias lutas, os revolucionários foram obrigados a se entregar, sendo depois condenados à morte.
Foi a primeira vez no Brasil que um movimento popular de protesto contra abusos do governo obteve o controle efetivo da situação política, ainda que em caráter localizado e por tempo limitado.