História, perguntado por danielmene37, 10 meses atrás

Tudo isso é uma crítica à democracia burguesa que marxistas e outros têm feito corretamente. Há, contudo, uma crítica diferente, que complementa a primeira, e que é, sob alguns aspectos, ainda mais fundamental. Trata-se da questão de que o tipo de sistema representativo e parlamentar que é elemento essencial da democracia burguesa é, em qualquer caso e qualquer que seja seu contexto, não democrático [...]. (MILIBAND, Ralph. “Reflexões sobre a crise dos regimes comunistas”. In: BLACKBURN, Robin (org.) Depois da queda – o fracasso do comunismo e o futuro do socialismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p. 21-35). Desde os escritos de Jean-Jacques Rousseau, várias críticas têm sido construídas ao modelo de democracia representativa, tal como se pode observar no fragmento de Miliband, comentado acima. A partir dele, a) DEFINA a democracia representativa, diferenciando-a da democracia direta; b) DISCUTA duas possíveis críticas ou limites da democracia representativa.

Soluções para a tarefa

Respondido por lscarpelli2006
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Resposta:

A)     Democracia  representativa  é  aquela  na  qual os cidadãos participam das decisões políticas  de  forma  indireta,  por  meio  da  escolha  de  representantes  em  eleições  periódicas que, a partir do exercício de um mandato, decidem em nome da população. A democracia direta é marcada, ao contrá-rio, pela presença efetiva dos cidadãos no momento da tomada de decisão, via plebis-cito, referendo ou orçamento participativo.B) Com legislativos eleitos pelo princípio da proporcionalidade,  cidadãos  de  regiões  com baixa representatividade tendem a ser prejudicados no processo político. Em fun-ção de financiamentos privados de campa-nha, ou mistos, e campanhas que envolvem somas  vultuosas  em  propaganda,  quem  tem maior poder aquisitivo tem melhores chances de ser eleito, e o parlamento difi-cilmente representa de fato os interesses da  população.  A  falta  de  identidade  das  siglas partidárias dificulta a escolha cons-ciente por parte dos cidadãos, dando ori-gem a votos cada vez mais personalizados ou  baseados  no  que  já  está  consolidado,  além de dar a impressão de que “político é tudo igual”, gerando descrença cada vez maior na participação por parte dos sujei-tos sociais.

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