Filosofia, perguntado por troqueiomeuplaystati, 8 meses atrás

TUCÍDIDES E A CONSTITUIÇÃO
ME AJUDEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM PLEASEEEEEEEE

O regime político que nós seguimos não tem inveja das leis dos povos vizinhos; ao contrário. Pois temos razões maiores
para servir-lhes de exemplo do que para imitá-los. O nome de nosso regime é democracia. Isto porque o governo do
Estado não é privilégio de uns poucos, mas direito da maioria. Com referência a questões entre as pessoas, são resolvidas
de acordo com o princípio de que são todas iguais perante a lei. [Quanto ao tratamento social na medida em que cada um
tem a que pertence que lhe dá preferências na coisa pública, mas os méritos que possua.] A falta de bens materiais não
exclui ninguém do direito de ser escolhido para servir à cidade.
Administramos os assuntos da comunidade e as coisas menores da vida quotidiana sem usar violência para com o próximo
e sem ficar censurando as coisas que cada um entende fazer. Vivemos nossa vida particular sem praticar repressões contra
nossos semelhantes. Na vida pública, obedecemos às leis, e através delas é que respeitamos os que estão no poder.
Atendemos, especialmente, as leis que foram estabelecidas para socorro dos oprimidos, e as que, mesmo sem serem
escritas, causam em quem as transgredir uma vergonha pública.
Distinguimo-nos de nossos adversários, em relação às coisas da guerra, no seguinte: nossa cidade é uma cidade aberta, e
dela não proscrevemos nem a presença nem as idéias dos estrangeiros, pois confiamos, acima de tudo, na coragem que
brota de nosso próprio espírito para a ação. Na educação, os outros obrigam os jovens a penosos exercícios, como se isto
fosse fundamental para alcançarem a força viril. Não precisamos disso para enfrentar os perigos, valendo-nos sobretudo
da força do espírito, e nossas confrontações com os lacedemônios são uma prova disso.
Amamos o beijo com simplicidade e estimamos a cultura sem o amolecimento dos costumes. A riqueza, para nós, é um
instrumento de trabalho e produção, e nunca um objeto de ostentação. A pobreza não é para nós uma vergonha, pois o que
é vergonhoso é a miséria causada pela indolência.
As pessoas que tratam dos problemas familiares e das coisas políticas, como as que apenas se dedicam a suas ocupações
“profissionais”, têm sempre um conhecimento razoável e suficiente dos assuntos da vida pública. Somos o único povo que
entende que quem não participa das preocupações gerais não é apenas um indiferente, mas sobretudo um inútil.
Acreditamos que as questões públicas devem ser discutidas por todos. Por isso as estudamos e debatemos entre nós, certos
de que a palavra nunca prejudica a ação, senão quando as pessoas não aprendem a servir-se dela para discutir o que tem de
ser feito pelo povo.
Diferentemente dos outros povos, sempre ousamos tudo em matéria de política, embora meditando profundamente sobre
nossos projetos. Outros povos apenas têm a coragem da ignorância, e é com esse tipo de coragem que calculam e
planejam tudo e perdem em seus planejamentos. Com razão, são mais corajosos e mais eficientes os que debatem tudo
com liberdade, e ficam conhecendo os riscos e os prazeres, adquirindo, assim, condições de enfrentar o perigo.
Somos os únicos que ajudamos alguém, não tanto como a mira nas vantagens, mas com aquela confiança que é própria
dos homens livres. Em resumo, posso dizer que esta cidade, no seu conjunto, por sua Constituição, é a escola da Grécia. E
cada um de nós em particular, segundo me parece, se revela mais capaz para todas as tarefas da vida social, dando provas
em tudo da excelência de nosso preparo, com eficiência e com graça do espírito. Isto, porque nosso povo, cada um de nós,
é a própria força da cidade. E o que estou dizendo não é um discurso enfeitado para as circunstâncias, mas a própria
verdade dos fatos, uma vez que a cidade possui as qualidades que nós mesmos possuímos.
Grandes são as provas de nossa força, e todas estão comprovadas. Seremos, assim, admirados pelos contemporâneos e
pelas gerações futuras. Não precisamos de um Homero para celebrar nossa grandeza, nem de louvadores que recorram, à
ficção para descrever a verdade de nossa vida de povo.
Foi por uma cidade assim que pereceram nobremente em muitos combates os que julgaram de seu dever impedir que o
povo fosse privado de seus direitos. E os que hoje estão aqui, querem também, como é natural, lutar e sofrer pela mesma
causa. Alonguei-me, com razão, ao falar sobre nossa cidade, pois o nosso combate é em favor dos que gozam e dos que
ainda não gozam desses privilégios. Aqueles que travam este combate merecem, sem dúvida, que eu celebre aqui e agora
a sua honra.
Questões:
1- Qual é o assunto principal do texto?

2- Como o autor se posiciona a respeito deste assunto abordado?
3- Quais ideias o autor emprega para justificar seu posicionamento sobre o assunto principal?
4- Faça uma pesquisa rápida e explique qual a relação entre esse contexto histórico democrático ateniense e o
desenvolvimento da Filosofia.


AnnaMaryalonely543: Vc é msm do segundo ano? Meu professor passou esse msm conteúdo...
AnnaMaryalonely543: Desconsidera pliss.

Soluções para a tarefa

Respondido por AnnaMaryalonely543
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Resposta:

1- O assunto principal é a democracia.

2 - Ele mostra os valores da democracia.

A 3 e a 4 sao um tanto pessoais tem que pesquisar bem sobre tucidides.. mas é isso..

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