Triste fim de Policarpo Quaresma
Primeira Parte
A lição de violão
Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. [...]
A vizinhança já lhe conhecia os hábitos e tanto que, na casa do Capitão Cláudio, onde era costume jantar-se aí pelas quatro e meia, logo que o viam passar, a dona gritava [...]: “Alice, olha que são horas; o Major Quaresma já passou.” E era assim todos os dias, há quase trinta anos. [...]
Uma tarde de sol – sol de março, forte e implacável – aí pelas cercanias das quatro horas, as janelas de uma erma rua de São Januário povoaram-se rápida e repentinamente, de um e de outro lado. Até da casa do general vieram moças à janela! Que era? Um batalhão? Um incêndio? Nada disto: o Major Quaresma, de cabeça baixa, com pequenos passos de boi de carro, subia a rua, tendo debaixo do braço um violão impudico.
É verdade que a guitarra vinha decentemente embrulhada em papel, mas o vestuário não lhe escondia inteiramente as formas. À vista de tão escandaloso fato, a consideração e o respeito que o Major Policarpo Quaresma merecia nos arredores de sua casa diminuíram um pouco. [...]
Quando entrou em casa, naquele dia, foi a irmã quem lhe abriu a porta, perguntando:
– Janta já?
– Ainda não. Espere um pouco o Ricardo que vem jantar hoje conosco.
– Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito!
– Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês notável, muito o elogia.
– Mas isso foi em outro tempo; agora...
– Que tem isso, Adelaide? Convém que nós não deixemos morrer as nossas tradições, os usos genuinamente nacionais... [...]
O conflito gerador dessa história ocorre quando
(a) o Major chega em casa às quatro e quinze da tarde.
(b) o Major discute com a sua irmã sobre preconceito.
(c) o Major fala à irmã sobre preservar as tradições brasileiras.
(d) o Major pede que a irmã espere para servir o jantar.
(e) o Major sobe a sua rua com um violão debaixo do braço.
hannyisabelly:
Qual é acerta
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Resposta:d
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Parágrafo 8
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Explicação: E
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