Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado.
Rica te vejo eu já, tu mi abundante.
A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!
MATOS, Gregório de. In: DIMAS, Antônio, sel., notas. Literatura comentada:
Gregório de Matos. São Paulo, Abril Educação, 1980.
p. 17.
o texto e o autor inserem-se no contexto da literatura barroca
brasileira. Acerca deles, é possível concluir que
А
tematiza a questão religiosa.
B
o eu poético usa um tom satírico para criticar o comportamento das
classes sociais menos favorecidas da Bahia.
C
o sujeito lírico problematiza a exploração das riquezas da Bahia.
D exemplifica a produção poética do Barroco brasileiro
a expressão máquina mercante refere-se à influência dos produtores de
café na economia baiana.
AAAAAAAA
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra C
Explicação
Pq eu já fiz essa questão
No texto "Triste Bahia", de Gregório de Matos:
C) o sujeito lírico problematiza a exploração das riquezas da Bahia.
Explicação:
Nesse poema, inserido no contexto da literatura barroca brasileira, o eu lírico expressa sua tristeza e seu lamento pela triste situação em que a Bahia se encontra devido à exploração portuguesa que extinguiu as riquezas da região.
Ele também critica a ganância daqueles que trocaram as riquezas da região para viverem de modo muito luxuoso.
A ideia é de que a Bahia havia desperdiçado seus bens em despesas luxuosas, inconsequentes/imprudentes e desnecessárias. Assim, deveria voltar à modéstia de antes e parar de desperdiçar seus bens com coisas supérfluas.
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