Geografia, perguntado por esmilgoolmello, 4 meses atrás

três características de modo de vida indígena segundo os relatos de hans Staden​

Soluções para a tarefa

Respondido por pqpuali
4

Resposta:

Hans Staden foi um viajante e mercenário alemão que ficou conhecido por ter feito duas viagens ao Brasil no século XVI. Hans Staden nasceu na cidade de Homberg, na Alemanha, no ano de 1525. No ano de 1548, resolveu fazer uma viagem para a América. Seu relato ficou particularmente famoso por ter sido prisioneiro dos tupinambás, durante nove meses, e após ser libertado escreveu um relato que ficou famoso na Europa da Idade Moderna.

O relato de Hans Staden, naturalmente, é carregado de sua moral religiosa e sua visão etnocêntrica, mas traz informações valiosas sobre a cultura dos tupinambás e sobre a prática da antropofagia (canibalismo). O mercenário alemão foi ameaçado durante os nove meses de ser morto e comido pelos tupinambás, mas acabou sendo libertado.

Respondido por vanessamcr902
2

Resposta:

Hans Staden foi um viajante e mercenário alemão que ficou conhecido por ter feito duas viagens ao Brasil no século XVI. Hans Staden nasceu na cidade de Homberg, na Alemanha, no ano de 1525. No ano de 1548, resolveu fazer uma viagem para a América. Seu relato ficou particularmente famoso por ter sido prisioneiro dos tupinambás, durante nove meses, e após ser libertado escreveu um relato que ficou famoso na Europa da Idade Moderna.

O relato de Hans Staden, naturalmente, é carregado de sua moral religiosa e sua visão etnocêntrica, mas traz informações valiosas sobre a cultura dos tupinambás e sobre a prática da antropofagia (canibalismo). O mercenário alemão foi ameaçado durante os nove meses de ser morto e comido pelos tupinambás, mas acabou sendo libertado.

O livro escrito por Hans Staden foi lançado na Alemanha em 1557 e, atualmente, é conhecido no Brasil como “Duas Viagens ao Brasil”, mas seu nome original, quando foi lançado no século XVI, é: História Verídica e descrição de uma terra de selvagens, nus e cruéis comedores de seres humanos, situada no Novo Mundo da América, desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas terras de Hessen até os dois últimos anos, visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a conheceu por experiência própria, e que agora traz a público com essa impressão.

Acesse também: Conheça o episódio em que índios tupinambás foram levados à França

Viagens de Hans Staden

Hans Staden nasceu na Alemanha e realizou duas viagens para o Brasil no século XVI.*

Hans Staden nasceu na Alemanha e realizou duas viagens para o Brasil no século XVI.*

Hans Staden realizou duas viagens à América e, em uma delas, o destino era o Brasil e, na outra, o destino era o Peru. As viagens de Hans Staden estenderam-se de 1548 a 1555 e, nesse contexto, os europeus tinham acabado de chegar ao continente americano. A região que corresponde ao Brasil fazia parte da América portuguesa e, aqui, a principal atividade ainda desenvolvida era a exploração do pau-brasil.

No contexto da chegada de Hans Staden ao Brasil, o modelo de Governo-Geral estava sendo implantado aqui com Tomé de Sousa, sendo o primeiro governador-geral do país. A América Portuguesa era dividida nas capitanias hereditárias, modelo de divisão do território estabelecido em 1534.

Como mencionado, o relato de Hans Staden reproduz os valores do homem comum da Idade Moderna. Sua fala era extremamente religiosa, e a sua visão sobre uma cultura diferente (no caso, a indígena) era marcada pelo estranhamento e pelo etnocentrismo. Sendo assim, é comum, ao longo do texto, Hans Staden referir-se aos indígenas como “selvagens”.

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Primeira Viagem

A primeira viagem de Hans Staden aconteceu no primeiro semestre de 1548. Hans Staden saiu de sua cidade, Homberg, e foi para Bremen (Alemanha). Em seguida, dirigiu-se a Kampen (Holanda) e de lá para Setúbal e, finalmente, Lisboa, em Portugal. Lá, conseguiu ingressar em um navio chamado Penteado, que zarpou para o Brasil com o propósito de fazer comércio.

A embarcação que Hans Staden usou para viajar também foi armada para combate, para o caso de avistarem uma embarcação francesa negociando com os indígenas, deveriam abrir fogo. Isso acontecia porque, segundo o Tratado de Tordesilhas, a América havia sido dividida entre espanhóis e portugueses, mas os franceses, não aceitando essa divisão, invadiam locais na América – como o Brasil.

Ao longo da história do Brasil, nos séculos XVI e XVII, os franceses tentaram de fato estabelecer uma colônia aqui. Na região da cidade do Rio de Janeiro, tentaram estabelecer a França Antártica, e, na região da cidade de São Luís, tentaram estabelecer a França Equinocial, ambos os projetos colonizatórios fracassaram. Além disso, aliaram-se aos indígenas que eram hostis com os portugueses – como os tamoios.

Durante a viagem, Hans Staden assumiu a função de artilheiro. A embarcação portuguesa que Hans Staden estava foi para Madeira, de lá para Caho Ghir (Cabo Gué) e depois foi para Pernambuco, local onde eclodiu uma revolta de indígenas. Hans Staden, seus companheiros de viagem e habitantes da capitania juntaram-se e lutaram contra oito mil indígenas.

Depois de derrotarem os indígenas, partiram para a Paraíba para recolher pau-brasil e avistaram uma embarcação francesa negociando com nativos da região. Abriram fogo, mas tiveram o mastro do navio severamente danificado por um tiro francês, o que os obrigou a retornar para Portugal. No retorno, a quantidade insuficiente de alimentos fez a expedição de Hans Staden sofrer com a fome.

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