Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
BANDEIRA, Manuel. Estrela da manhã. In: Estrela da vida inteira. 2. ed.
Rio de Janeiro: José Olympio/Instituto Nacional do Livro, 1970. p. 145.
De quem é a voz que fala no poema? Justifique sua resposta citando um verso.
me ajudem URGENTE!!!!!!
Soluções para a tarefa
A voz está em 1° pessoa. O verso vc escolhe por exemplo: "Que eu preciso" mas vc escolhe um verso em que esteja falando dele mesmo
Resposta:
a) (expectativa de resposta) A voz que fala no poema pertence ao próprio trem de ferro. O aluno pode justificar a resposta citando o verso “Café com pão”, que é uma imitação conhecida do som do trem, ou versos como “Que eu preciso / muita força” e “quando me prendero / no canaviá” , em que o pronome de primeira pessoa é, nitidamente, o trem.
b) (expectativa de resposta) A estrofe 4 tem o ritmo mais marcado que a estrofe 5. O ritmo mais marcado imita o barulho do trem quando ele avança livremente por um espaço amplo, aberto, com uma velocidade constante. O ritmo menos marcado, mais lento, ocorre quando o trem se vê preso no meio do canavial.