trecho retirado do texto emilia no pais da gramatica que melhor resume como funciona uma língua é:
A. “Uma língua não para nunca. Evolui sempre”. (linha 40)
B. “querem fazer a língua parar num certo ponto”. (linha 41)
C. “quem não escreve como eles está errado”. (linha 45 e 46)
D. “A língua variou muito, sobretudo aqui na cidade nova”. (linha 47 e 48)
E. “Nesta cidade se fala mais direito do que na cidade velha”. (linha 58)
EXPLIQUE O PORQUÊ DE SUA RESPOSTA.
Soluções para a tarefa
Resposta:
No livro “Emília no país da gramática”, do escritor brasileiro Monteiro Lobato, Emília – uma boneca
de pano – juntamente com outras personagens aventuram-se num país imaginário no qual seus moradores são
as palavras da Língua Portuguesa. Ao chegarem em uma cidade movimentada e diferente, D. Etimologia, uma
das moradoras do local, explica como é a vida por lá. Acompanhe:
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GENTE DE FORA
Aqui na cidade nova as palavras vindas da cidade velha misturaram-se com inúmeras de origem
local, ou palavras índias, que já existiam nas terras do Brasil quando os portugueses as descobriram. A
maior parte dos nomes de cidades, rios e montanhas do Brasil são de origem índia, como Tremembé,
Itu, Niterói, Itatiaia, Goiás, Piauí, Pirambóia, etc.
Ita é uma palavra da língua tupi que quer dizer Pedra, e tem servido de Prefixo para a formação
de muitos Nomes. Temos em São Paulo a cidadezinha de Itápolis, formada de Ita, que é indígena, e
Polis (cidade), que é grega. Pira (peixe) é outra palavra tupi muito usada. Piracicaba, Piraquara,
Guapira.
— Eu gosto muito das palavras tupis e lamento que o Brasil não tenha um nome tirado dessa
língua — disse Pedrinho.
— Em compensação muitos Estados do Brasil possuem nomes indígenas, como Pará (rio
grande), Pernambuco (quebra-mar), Paraná (rio enorme), Paraíba (rio ruivo), Maranhão (mar
grande) e outros. O tupi conseguiu encaixar na língua portuguesa grande número de palavras de uso
diário, como Taba, Moranga, Jaguar, Araçá, Jabuticabal, Capim, Carioca, Marimbondo, Pipoca,
Pereba, Cuia, Jararaca, Urutu, Tipiti, Embira, etc.
— E também muitos Nomes Próprios — advertiu Narizinho. — Conheço meninas chamadas
Araci, Iracema, Lindóia, Inaiá, Jandira. . .
— E eu conheço um menino chamado Ubirajara Guaporé de Itapuã Guaratinguaçu, filho dum
turco que mora perto do sítio do Tio Barnabé — lembrou Pedrinho.
— Pois é isso — continuou a velha. — Todas as línguas vão dando palavras para a língua desta
cidade. O grego deu muitas. O hebraico deu várias, como Messias, Rabino, Satanás, Maná, Aleluia. O
árabe deu, entre outras, Alfândega, Alambique, Alface, Alfaiate, Alqueire, Álcool, Algarismo, Arroba,
Armazém, Fatia, Macio, Matraca, Xarope, Cifra, Zero, Assassino. A língua francesa deu boa
quantidade, como Paletó, Boné, Jornal, Bandido, Tambor, Vendaval, Comboio, Conhaque,
Champanha. A língua espanhola deu menos do que devia dar. Citarei Fandango, Frente, Muchacho,
Castanhola, Trecho, Savana. A língua italiana deu muito mais. Ágio, Bancarrota, Bússola, Gôndola,
Cantata, Cascata, Charlatão, Macarrão
Explicação: