Trecho de A Abóbora Menina
Brotara do solo fecundo de um quintal enorme, de uma semente que mestre Crisolindo comprara na venda. Despontava por entre uns pés de couve e mais algumas abóboras, umas suas irmãs, outras suas parentes mais afastadas.
Tratada com o devido esmero, adubada à maneira, depressa cresceu e se tornou em bela moçoila, roliça e corada.
Os dias corriam serenos. Enquanto o sol brilhava, tudo era calma naquele quintal. Sombra dos pés de couve, rega a horas devidas, nada parecia faltar para que todos fossem felizes.
As suas conversas eram banais: falavam do tempo, de mestre Crisolindo e nunca, mas nunca, do futuro que os aguardava.
Mas Abóbora Menina, em vez de se dar por satisfeita com a vida que lhe havia sido reservada, vivia entristecida e os seus dias e as suas noites eram passados a suspirar.
Desde muito cedo que a sua atenção se virara para as borboletas de cores mil que bailavam sobre o quintal. E sempre que alguma pousava perto de si, a conversa não era outra se não esta:
― Dizei-me, menina borboleta, como fazeis para voar?
― Ora, Menina Abóbora, que quereis que vos diga? Primeiro fui ovo quase invisível, depois fui crisálida e depois, olhe, depois alguém me pôs estas asas e assim voei.
[...]
LOPES, T. Histórias que acabam aqui: contos para a infância. São Paulo: Editora Arcos Online, 2005.
2. No sexto parágrafo, indique a palavra a que se refere o pronome “esta”.
3. Os pronomes “seus” e “suas”, no quinto parágrafo, retomam que termo?
4. “― Dizei-me, menina borboleta, como fazeis para voar?”
Justifique o uso da vírgula na frase acima.
aloke7:
i botei em resposta sem querer
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Resposta: meu deus muito dificil
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