História, perguntado por andersonhidekiw, 1 ano atrás

Tratado de versalhes de 1795

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Respondido por robson23456
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O Tratado de Versalhes foi um acordo celebrado pelos países envolvidos na Primeira Guerra Mundial, visando pôr fim ao conflito. Foi celebrado em Paris, na França em 28 de junho de 1919, entrando em vigor em 10 de janeiro de 1920. O tratado pôs fim às hostilidades iniciadas em 1914 entre potências europeias, suas colônias e aliados ao redor do mundo, devolvendo ao continente a paz e determinando as consequências do conflito e os rumos das relações no continente e fora dele.

Caracterizado pela efetivação do Armistício de 1918, que pôs fim às hostilidades militares entre as potências envolvidas, o Tratado de Versalhes calou definitivamente os canhões e cessou o combate que ainda perdurava no continente desde a assinatura do Armistício.

Um dos principais pontos definidos pelo Tratado foi a instituição da “Liga da Nações”, órgão internacional que atuaria como regulador da situação política do mundo, buscando resolver atritos e disputas da forma mais efetiva, zelando pela manutenção da paz e da prevenção ao uso da força. Esse órgão, idealizado pelo então presidente dos Estados Unidos na América, Thomas Woodrow Wilson, foi essencial para a manutenção da paz por cerca 20 anos na Europa, ao mesmo tempo que foi responsabilizado por diversos conflitos e disputas surgidos nos anos seguintes e por omissão diante da posterior escalada dos nazistas ao poder na Alemanha da década de 30.

O Tratado determinava que a Alemanha (antigo Império Alemão, depois República de Weimar) arcasse com todos os prejuízos causados pela guerra. De maneira considerada por muitos estudiosos como injusta, o Tratado imputava à Alemanha toda a responsabilidade pelo conflito e por suas consequências, principalmente perdas econômicas. Os alemães então acabaram por ter de arcar com pesadas indenizações, que foram impostas sobretudo por ingleses e franceses, que visavam pagar os prejuízos às indústrias e agricultura que proviam o desenvolvimento econômico desses países. Essa exigência fragilizou consideravelmente a economia alemã, já baqueada pela própria guerra.

Além disso, a Alemanha também perdeu partes de seu território para os países vizinhos, uma vez que esses territórios acabaram por serem considerados pagamentos de indenizações de Guerra. Territórios disputados e tomados da França desde a unificação alemã foram devolvidos aos franceses, como a Alsácia Lorena. Ainda no oeste e norte, houve concessão de alguns territórios alemães à Bélgica e à Dinamarca. A leste, pedaços do território alemão foram cedidos pelas potências vencedores à Lituânia e à Polônia. Também houve, nesse contexto, a aceitação da independência da Áustria.

Assim sendo, o antigo Império Alemão foi esfacelado, o Estado diminuiu consideravelmente, o que colaborou para a formação da chamada República de Weimar, um novo Estado representante do povo alemão. Também foram perdidas as colônias alemãs na África e em outros locais.

As Forças Armadas também sofreram profunda redução em todo o seu poderio, aparato e contingente, pois era temor generalizado que a Alemanha se rearmasse e buscasse revanchismo contra os vencedores da guerra.

As indenizações e retaliações ao território alemão causaram severa crise econômica e alimentaram um sentimento de indignação entre os alemães por conta do entendido exagero nas cláusulas do Tratado. Esses exageros foram a justificativa levantada, anos depois, por Adolf Hitler para a situação do povo alemão e para o conflito de 1939 - 1945, visto como necessário para reerguer a Alemanha.

Somado a tudo isso, o Tratado de Versalhes, ao redesenhar os mapas do mundo, extinguindo países, criando outros e dividindo ainda outros, causou ainda mais tensões em várias regiões, plantando as sementes para novos conflitos que assolaram todo o século XX, como por exemplo a questão curda (advinda da dissolução do Império Turco Otomano) ou entre Hutus e Tútsis na região dos grandes lagos, no centro da África, ao delegar o domínio da região aos belgas, semeando as crises em Ruanda, Burundi e República Democrática do Congo.

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