transtorno de identidade de gênero? gostaria de saber, por favor.
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É um transtorno psicológico caracterizado pela disforia de gênero,desconforto persistente com o sexo imposto no nascimento e por um sentimento de inadequação no papel social deste gênero.
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O transtorno de identidade de gênero (TIG) - ou transsexualismo - caracteriza-se por uma forte identificação com o gênero oposto, por um desconforto persistente com o próprio sexo e por um sentimento de inadequação no papel social deste sexo. Trata-se de uma condição que causa um sofrimento psicológico clinicamente significativo e prejuízos no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida de um indivíduo1.
Desde a última metade do século XX, os avanços científicos têm favorecido o estudo deste transtorno, a maior aceitação social e a possibilidade de um tratamento integral orientado a redesignação sexual. Apesar disso, continua sendo pouco conhecido pela maior parte da sociedade, incluindo os profissionais da saúde mental.
Para realizar o diagnóstico, é preciso diferenciar os termos identidade de gênero e orientação sexual. A identidade de gênero refere-se à consciência de um indivíduo de ser homem ou mulher. A orientação sexual relaciona-se com a atração erótica, podendo ser homossexual, heterossexual, bissexual ou assexual. Os transexuais podem apresentar qualquer uma destas orientações1.
Recentemente, um paciente de 51 anos que há três anos recebeu o diagnóstico de TIG homem-mulher. Desde pequeno gostava de brincadeiras femininas e, inclusive, sua mãe o tratava como menina. Devido à forte repressão do pai, acabou restringindo suas tendências femininas. Aos 14 anos, começou a namorar uma menina. Logo no início confessou que se sentia como uma mulher e ela entendeu e o apoiou. Aos 23 anos se casaram. Em casa, o paciente se vestia como mulher e as relações sexuais com penetração eram esporádicas e desagradáveis para ele, acontecendo apenas para agradar sua esposa. Aos 32 anos tiveram uma filha. Desde a juventude ocupa um cargo administrativo no serviço público e manteve papel social masculino devido ao desconhecimento, rechaço social e falta de serviços assistenciais na época. Aos 48 anos, época em que a UIG foi fundada, procurou o serviço. Iniciou o teste da vida real1 e, posteriormente, o tratamento hormonal, assumindo progressivamente o papel social feminino. Depois de dois anos, foi submetido à vaginoplastia. Atualmente, encontra-se muito satisfeita com a resignação. Tem boa aceitação social, laboral, familiar e mantém a relação matrimonial. A esposa afirma que sua orientação sexual é por homens, que não se considera lésbica, e que mantém seu casamento por uma questão afetiva. O paciente refere que sua orientação sexual é e sempre foi por mulheres.
A orientação sexual para o sexo biológico contrário ou bissexual não é um critério de exclusão para o diagnóstico do TIG. Na população espanhola, apenas uma minoria dos transexuais homem-mulher apresentam uma orientação sexual por mulheres (4,4%) ou bissexual (4,4%), porcentagem similar às das brasileira e asiática (0 a 4%) e menores que as européias e americanas (33% a 91%)2-4. No grupo de mulher-homem, a porcentagem que apresenta uma orientação sexual por homem é praticamente nula (0%) e a de bissexuais, baixa (2,8%), coincidindo com as outras2.
Conclui-se que, apesar da orientação sexual para o sexo biológico oposto dificultar o diagnóstico diferencial do TIG, não o descarta. Além disso, esta discussão destaca a importância do diagnóstico correto do TIG, assim como a possibilidade de acesso ao tratamento na rede pública, uma vez que são poucos os serviços habilitados no Brasil5. Vi isso no site Scielo ( muito bom todo lá são formados)
Desde a última metade do século XX, os avanços científicos têm favorecido o estudo deste transtorno, a maior aceitação social e a possibilidade de um tratamento integral orientado a redesignação sexual. Apesar disso, continua sendo pouco conhecido pela maior parte da sociedade, incluindo os profissionais da saúde mental.
Para realizar o diagnóstico, é preciso diferenciar os termos identidade de gênero e orientação sexual. A identidade de gênero refere-se à consciência de um indivíduo de ser homem ou mulher. A orientação sexual relaciona-se com a atração erótica, podendo ser homossexual, heterossexual, bissexual ou assexual. Os transexuais podem apresentar qualquer uma destas orientações1.
Recentemente, um paciente de 51 anos que há três anos recebeu o diagnóstico de TIG homem-mulher. Desde pequeno gostava de brincadeiras femininas e, inclusive, sua mãe o tratava como menina. Devido à forte repressão do pai, acabou restringindo suas tendências femininas. Aos 14 anos, começou a namorar uma menina. Logo no início confessou que se sentia como uma mulher e ela entendeu e o apoiou. Aos 23 anos se casaram. Em casa, o paciente se vestia como mulher e as relações sexuais com penetração eram esporádicas e desagradáveis para ele, acontecendo apenas para agradar sua esposa. Aos 32 anos tiveram uma filha. Desde a juventude ocupa um cargo administrativo no serviço público e manteve papel social masculino devido ao desconhecimento, rechaço social e falta de serviços assistenciais na época. Aos 48 anos, época em que a UIG foi fundada, procurou o serviço. Iniciou o teste da vida real1 e, posteriormente, o tratamento hormonal, assumindo progressivamente o papel social feminino. Depois de dois anos, foi submetido à vaginoplastia. Atualmente, encontra-se muito satisfeita com a resignação. Tem boa aceitação social, laboral, familiar e mantém a relação matrimonial. A esposa afirma que sua orientação sexual é por homens, que não se considera lésbica, e que mantém seu casamento por uma questão afetiva. O paciente refere que sua orientação sexual é e sempre foi por mulheres.
A orientação sexual para o sexo biológico contrário ou bissexual não é um critério de exclusão para o diagnóstico do TIG. Na população espanhola, apenas uma minoria dos transexuais homem-mulher apresentam uma orientação sexual por mulheres (4,4%) ou bissexual (4,4%), porcentagem similar às das brasileira e asiática (0 a 4%) e menores que as européias e americanas (33% a 91%)2-4. No grupo de mulher-homem, a porcentagem que apresenta uma orientação sexual por homem é praticamente nula (0%) e a de bissexuais, baixa (2,8%), coincidindo com as outras2.
Conclui-se que, apesar da orientação sexual para o sexo biológico oposto dificultar o diagnóstico diferencial do TIG, não o descarta. Além disso, esta discussão destaca a importância do diagnóstico correto do TIG, assim como a possibilidade de acesso ao tratamento na rede pública, uma vez que são poucos os serviços habilitados no Brasil5. Vi isso no site Scielo ( muito bom todo lá são formados)
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