Português, perguntado por melanie892, 1 ano atrás

transgênicos não aceitam generalizações

Uma vez que o presidente Rafael Correa comentou que o artigo 401 da Constituição (que declara o Equador como país livre de culturas e sementes geneticamente modificadas) deve ser revisado; e da divulgação de um artigo recentemente publicado na revista Food and Chemical Toxicology que fala sobre os supostos efeitos tóxicos de um tipo de milho geneticamente modificado em ratos que foram alimentados com este produto no laboratório, o debate sobre transgênicos reviveu em o país. Vários artigos e entrevistas foram publicados na imprensa, várias discussões que foram transmitidas por diferentes rádios e vários fóruns organizados por diferentes organizações.

Na verdade, esse tópico despertou tanta atenção é muito positivo porque reflete que é uma questão não resolvida em nosso país. No entanto, na minha opinião, a maioria das opiniões disseminadas recorre a um grande erro: generalizações. "Transgênicos são venenosos", "são bons", "ruim", "destruem a biodiversidade", "prejudicam a soberania alimentar", "acabam com a fome", e assim por diante. Essas opiniões refletem a falta de conhecimento sério do que é um organismo geneticamente modificado (OGM).

Uma OGM é um organismo no qual um ou mais genes foram geneticamente modificados para dar novas características. Para entender completamente esta definição, é importante saber o que é um gene. Este é um segmento de DNA que codifica uma característica (cor de uma flor). E o que é DNA ?, uma molécula complexa, que contém informações e é o material hereditário de todos os seres vivos, das bactérias aos humanos. Em outras palavras, todos os seres vivos têm as mesmas letras. O que muda entre uma espécie e outra são as palavras que são formadas. Portanto, se um novo gene é introduzido em uma espécie, seus efeitos positivos ou negativos dependerão do significado. Nem todas as palavras são as mesmas, cada palavra tem seu significado específico e, portanto, não podemos dizer que todas as palavras são positivas ou opostas, e é por isso que as generalizações em transgênicos são um erro grave.
É por esta razão que cada organismo geneticamente modificado requer uma análise de risco individual, caso a caso. Atualmente, existem bactérias, fungos, plantas e animais geneticamente modificados e todos estes precisam ser analisados ​​corretamente antes do uso, seja no campo médico, industrial ou alimentar.

No entanto, por algum motivo que não é claro para mim, o debate e a crítica se concentram em alimentos transgênicos derivados de plantas geneticamente modificadas.

Em 2011, 29 países cultivaram transgênicos em 160 milhões de hectares, representando um aumento de 8% em relação a 2010.

Deve-se notar que, neste momento, este mercado lida com poucas espécies e poucas características novas, os exemplos mais relevantes são a soja RR (tolerante ao glifosato) e o milho Bt (resistente a certas pragas produzidas por diferentes tipos de mariposas).

Mas não esqueça que em muitos laboratórios do mundo há desenvolvimentos interessantes que vão além desses exemplos e representam iniciativas de grupos de pesquisa que não só pertencem a grandes empresas transnacionais.

Para citar apenas um, em alguns meses, uma variedade de feijão geneticamente modificado será comercializado no Brasil, desenvolvido inteiramente por uma instituição pública, em uma variedade agrícola de interesse para os agricultores brasileiros e com benefícios claros para o produtor e o consumidor. Esta nova variedade contribui para a soberania alimentar do Brasil, não a destrói.

Então, não vamos deixar fotos de ratos com tumores, desenhos de plantas com modificações malévolas, declarações alarmistas e extremistas não fundamentados invadem nossa inteligência e imaginação.

É hora de o Equador abordar esta questão de forma séria, digamos NÃO à desinformação que nos assusta, libertar-se dos critérios radicais e construir um verdadeiro sistema nacional de biossegurança. Sistema para garantir que, se consumimos ou usamos um OGM, ele tenha sido analisado corretamente, não permite a entrada de OGMs que não atendem aos nossos interesses e que possibilite a pesquisa neste campo a nível nacional.

Mas isso não é alcançado através da incorporação de artigos isolados em diferentes órgãos jurídicos, incluindo nossa Constituição, mas sendo capaz de estabelecer um diálogo construtivo entre todos os setores envolvidos nesta questão.

Não deixe a falta de clareza continuar a orientar esta questão no Equador. Somos nós, os cidadãos, que exigem das autoridades que não continuem adiando ações que levem à gestão informada e segura desta questão
alguém pode me ajudar nas perguntas de interpretação desse texto? marco com omelhor resposta

Soluções para a tarefa

Respondido por mayaravieiraj
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Acerca do texto ''transgênicos não aceitam generalizações'' , podemos fazer as seguintes considerações, acompanhe:

  • considera-se que os transgênicos tomaram o Brasil de assalto uma vez que é contínua a produção de soja geneticamente modificada.

  • os transgênicos fazem parte da nossa vida desde meados de 1970, com o implemento da técnica do DNA recombinante e a  insulina humana feita por bactérias modificadas.

  • no ano de 1996 havia 1,6 milhão de hectares de cultura de transgênicos em todo o mundo, ao passo que no ano de 2002, esse número pulou para 58,7 milhões de hectares.

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