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Conta a história que alguns lavradores trabalhavam para os reis nas roças que ficavam perto dos castelos. Eles precisavam produzir boas frutas, legumes e flores para a família real. E ai de quem falhasse nisso...
Certo camponês era adorado por seu rei, pois todo mês produzia margaridas lindíssimas para decorar os vasos. Acontece que, naquele ano, a lavoura não estava assim tão boa e ele nem tinha conseguido colher uma caixa cheia de flores. Com medo de decepcionar o rei, não teve dúvida: colocou uma menina pobre de sua aldeia dentro da caixa para fazer volume, cobriu-a de folhas e das margaridas que tinha, mandou tudo junto para o rei e fugiu.
A caixa foi para despensa, e só no dia seguinte os empregados do rei descobriram a linda menina escondida ali. Deram-lhe o apelido de Margaridinha. Ela começou a trabalhar na cozinha e era bela, boa e adorada por todos.
Quer dizer, por quase todos pois havia um tal de Mário que tinha inveja da menina por ela ser tão popular. Para afastá-la de lá, acabou inventando uma história, dizendo a todos que Margaridinha conhecia um tesouro que estava escondido por uma bruxa e que ela deveria ir buscá-lo para o rei.
Pois o rei ouvindo aquilo, mandou chamar Margaridinha e ordenou que a moça fosse atrás do tal tesouro...
Como não podia dizer não ao rei, lá foi a pequena Margaridinha, andando estrada a fora, sem saber ao certo para onde ir. Até que avistou uma velhinha boa, que lhe disse assim:
– Não tenha medo. Tome esses gravetos, esse pedaço de carne e essa lata de azeite puro de oliva. Tudo vai dar certo...
No caminho Margaridinha encontrou três mulheres que pareciam loucas ou bruxas desajeitadas, deitadas, varrendo o chão sujo com seus próprios cabelos. A menina estranhou, mas deu a elas os gravetos que possuía. Sem dizer nada, as mulheres pegaram-nos e passaram a usá-los para limpar o chão. Seus cabelos ficaram a salvo.
E assim as bruxas deixaram Margaridinha passar. Continuando, ela avistou um monte de lobos ferozes, uivando muito como se estivessem com raiva do mundo. Jogou para eles os pedaços de carne e eles, famintos, comeram e a deixaram passar. Mais adiante, viu uma porta que estava muito dura de abrir. Lembrou-se da lata de azeite. Passou o azeite em suas bordas e finalmente abriu. Entrou numa sala escura.
Lá dentro, viu uma arca linda, toda de ouro. “Deve ser tesouro”, pensou. Pegou-o, mas a arca começou a gritar:
– Porta, feche na cara dela!
Ao que a porta respondeu:
– Ninguém nunca me untou e amaciou tão bem como essa menina. Não vou impedi-la.
Margaridinha continuou a andar segurando a arca. A arca gritou para os lobos a pegarem, mas eles também gostavam da menina que havia lhes dado de comer. O mesmo aconteceu com as bruxas dos cabelos longos que tinham ficado amigas da menina por causa dos gravetos.
Então Margaridinha voltou sã e salva para o castelo do rei, carregando a arca cuidadosamente. Quando o rei a abriu, que emoção! Lá de dentro saiu seu filho Giorgio, que estava sumido havia anos, pois tinha sido raptado por uma feiticeira má, horrorosa mesmo.
Feliz e emocionado, o rei celebrou o casamento de Giorgio com Margaridinha, que, a essa altura, já era uma flor de moça. Ela se tornou uma linda princesa
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Opa,preciso dessa mesma resposta se descobrir me avisa pfv?
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