trabalho escravo no brasil no seculo 20
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A escravidão se dá de diversas formas, a por dívida é a mais comum, produtos de alimentação ou higiene são vendidos a preços altos, a pessoa se endivida e acaba presa ao trabalho, como foi mostrada recentemente na minissérie Amazônia, tem também a escravidão por distância geográfica em que vale o isolamento, a retenção de documentos, as ameaças físicas, no qual é o caso de meninas aliciadas para serem modelos fora do Brasil que acabam em prostíbulos, tendo que venderem seu corpo para pagar uma divida de passagem, hospedagem e alimentação que nunca é paga, e não tem saída já que seus documentos estão retidos. Há casos em que a pessoa é tão maltratada que aquilo acaba se tornando algo normal. O indivíduo não foge por achar que é a única oportunidade que tem. Como descreve o Ministério do Trabalho e Emprego (2005:9):
“As condições de trabalho são desumanas: alojamentos precários (barracas de plástico preto) que colocam o trabalhador à mercê do desconforto e perigo de ataque de animais peçonhentos; água para consumo retirada de riachos, poços ou cacimbas no mesmo local onde se lavam vasilhas e roupas e se tomam banho; necessidades fisiológicas feitas ao relento; alimentação precária e que deverá ser custeada e preparada pelo próprio trabalhador. O “gato” monta o barracão ou cantina no local de trabalho e oferece, a preços exorbitantes, tudo o que o trabalhador precisa para viver e trabalhar: comida, remédios, ferramentas para o trabalho, botinas e roupas. Oferece-lhes ainda cigarros e bebidas alcoólicas. Tudo o que o trabalhador consome vai sendo anotado em um caderno e, quando menos se espera, ele está totalmente endividando.”
Segundo Leonardo Sakamoto, presidente da Organização não Governamental (ONG) Repórter Brasil, uma referência no combate ao trabalho escravo no país, afirma que a escravidão do século 19 é bem distinta da atual. "Antes, o custo da caça aos índios ou da aquisição e do transporte de africanos era muito alto. Hoje temos um exército de mão de obra desempregada e pobre, que pode ser cooptado e aliciado", diz. De acordo com Sakamoto, muitas pessoas seguem o aliciador acreditando ter conseguido um bom emprego, quando na verdade está indo para uma forma de prisão.
Entre as principais causas deste tipo de trabalho encontra-se na disparidade da desigualdade social presente. Muitos com pouco, poucos com muito e a grande e crescente maioria sem nada. "Essa situação propicia sempre um ambiente favorável ao recrudescimento ou ao ressurgimento de condutas escravistas e a concentração fundiária, o combate ao trabalho escravo no Brasil está em um tripé, de impunidade, de ganância e pobreza. Para combater a impunidade, existem grupos móveis, coordenados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que libertam trabalhadores e movem ações milionárias. Além disso, é preciso investigar, tentar colocar os culpados na cadeia. No Brasil, a chance de ser preso para quem comete esse crime é quase nula. A chance de se perder as terras é quase nula. As multas são muito baixas, por isso, fazendeiros ainda se utilizam do trabalho escravo, mas tudo isso é fruto do próprio sistema capitalista que busca o lucro a qualquer custo.
“Trabalho escravo não é fruto de uma patologia sádica de fazendeiros malvados e sim de uma conseqüência de um processo de corte de custos que transforma seres humanos em instrumentos descartáveis de trabalho na busca pelo lucro fácil. É a economia! “Vou ser mal, vou usar escravos” não é uma frase utilizada. “Vamos cortar custos, custe o que custar”, por outro lado, é largamente ouvida nessas situações. Desde 1995, foram cerca de 40 mil pessoas libertadas em todo o país. Todos os envolvidos afirmaram não saber que usavam escravos, mas também não se preocuparam em estar arrancando o couro dos trabalhadores”. (http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/02/28/acordo-mina-programa-de-combate-a-trabalho-escravo).IMPUNIDADE COMO MAIOR CAUSA DO TRABALHO ESCRAVOUma das maiores causas da ainda existência do trabalho escravo no mundo e a sua crescente e devastadora evolução está certamente na impunidade da maioria dos casos envolvendo este tipo de prática. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca a experiência brasileira de combate a essa prática e cita o Projeto de Emenda Constitucional (PEC 438/01) como um grande passo em direção ao fim do trabalho escravo. Porém, alerta sobre a competência de quem vai atuar no combate a essa prática. "Há dificuldade para colocar pessoas na cadeia pela prática desse crime. A justiça Federal e comum discute de quem é a responsabilidade de julgar e os crimes estão prescrevendo".
O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.
“As condições de trabalho são desumanas: alojamentos precários (barracas de plástico preto) que colocam o trabalhador à mercê do desconforto e perigo de ataque de animais peçonhentos; água para consumo retirada de riachos, poços ou cacimbas no mesmo local onde se lavam vasilhas e roupas e se tomam banho; necessidades fisiológicas feitas ao relento; alimentação precária e que deverá ser custeada e preparada pelo próprio trabalhador. O “gato” monta o barracão ou cantina no local de trabalho e oferece, a preços exorbitantes, tudo o que o trabalhador precisa para viver e trabalhar: comida, remédios, ferramentas para o trabalho, botinas e roupas. Oferece-lhes ainda cigarros e bebidas alcoólicas. Tudo o que o trabalhador consome vai sendo anotado em um caderno e, quando menos se espera, ele está totalmente endividando.”
Segundo Leonardo Sakamoto, presidente da Organização não Governamental (ONG) Repórter Brasil, uma referência no combate ao trabalho escravo no país, afirma que a escravidão do século 19 é bem distinta da atual. "Antes, o custo da caça aos índios ou da aquisição e do transporte de africanos era muito alto. Hoje temos um exército de mão de obra desempregada e pobre, que pode ser cooptado e aliciado", diz. De acordo com Sakamoto, muitas pessoas seguem o aliciador acreditando ter conseguido um bom emprego, quando na verdade está indo para uma forma de prisão.
Entre as principais causas deste tipo de trabalho encontra-se na disparidade da desigualdade social presente. Muitos com pouco, poucos com muito e a grande e crescente maioria sem nada. "Essa situação propicia sempre um ambiente favorável ao recrudescimento ou ao ressurgimento de condutas escravistas e a concentração fundiária, o combate ao trabalho escravo no Brasil está em um tripé, de impunidade, de ganância e pobreza. Para combater a impunidade, existem grupos móveis, coordenados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que libertam trabalhadores e movem ações milionárias. Além disso, é preciso investigar, tentar colocar os culpados na cadeia. No Brasil, a chance de ser preso para quem comete esse crime é quase nula. A chance de se perder as terras é quase nula. As multas são muito baixas, por isso, fazendeiros ainda se utilizam do trabalho escravo, mas tudo isso é fruto do próprio sistema capitalista que busca o lucro a qualquer custo.
“Trabalho escravo não é fruto de uma patologia sádica de fazendeiros malvados e sim de uma conseqüência de um processo de corte de custos que transforma seres humanos em instrumentos descartáveis de trabalho na busca pelo lucro fácil. É a economia! “Vou ser mal, vou usar escravos” não é uma frase utilizada. “Vamos cortar custos, custe o que custar”, por outro lado, é largamente ouvida nessas situações. Desde 1995, foram cerca de 40 mil pessoas libertadas em todo o país. Todos os envolvidos afirmaram não saber que usavam escravos, mas também não se preocuparam em estar arrancando o couro dos trabalhadores”. (http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/02/28/acordo-mina-programa-de-combate-a-trabalho-escravo).IMPUNIDADE COMO MAIOR CAUSA DO TRABALHO ESCRAVOUma das maiores causas da ainda existência do trabalho escravo no mundo e a sua crescente e devastadora evolução está certamente na impunidade da maioria dos casos envolvendo este tipo de prática. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca a experiência brasileira de combate a essa prática e cita o Projeto de Emenda Constitucional (PEC 438/01) como um grande passo em direção ao fim do trabalho escravo. Porém, alerta sobre a competência de quem vai atuar no combate a essa prática. "Há dificuldade para colocar pessoas na cadeia pela prática desse crime. A justiça Federal e comum discute de quem é a responsabilidade de julgar e os crimes estão prescrevendo".
O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.
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