Biologia, perguntado por lalafemininapa4jgg, 10 meses atrás

trabalho: assunto IST's


precisa ter: índice, introdução, desenvolvimento e conclusão


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Respondido por nandatub98
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Resposta:

Introdução: A expressão doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representa um grupo de doenças que podem ser transmitidas por via sexual através de um indivíduo infectado sem uso de métodos de barreira. Entretanto, esse termo atualmente está em desuso segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconizou sua substituição por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em 2001. Nesta perspectiva, o objetivo da nova nomenclatura foi enfatizar a inclusão das infecções assintomáticas. Adicionalmente, um novo conceito de abordagem sindrômica para o manejo de pacientes portadores de ISTs é recomendado pelo Ministério da Saúde no Brasil, com a finalidade de facilitar a identificação dessas síndromes e seu manejo adequado1,2.

A abordagem sindrômica consiste em incluir as ISTs dentro de síndromes pré-estabelecidas, baseada em sinais e sintomas, utilizando fluxogramas que simplifiquem a identificação etiológica3. Além disso, esta abordagem permite instituir o tratamento imediato, mesmo na ausência dos resultados de exames confirmatórios, como também o aconselhamento e a orientação ao paciente e seu parceiro, além de incluir a oferta da sorologia para sífilis e para o vírus da imunodeficiência humana (HIV)1,3-5.

As ISTs estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Segundo estimativas da OMS, mais de 1 milhão de pessoas adquirem uma IST diariamente. A cada ano, estima-se que 500 milhões de pessoas adquirem uma das IST curáveis (gonorreia, clamídia, sífilis e tricomoníase)1,2. Nos Estados Unidos da América (EUA), aproximadamente 25% das ISTs são diagnosticadas em pacientes com menos de 25 anos6.

No Brasil, as informações sobre a prevalência de ISTs entre adolescentes são escassas e pontuais. Somente a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), a sífilis e as hepatites virais estão na lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória - Sistema de Investigação de Agravos de Notificação - SINAN, não havendo obrigatoriedade do relato de todas as ISTs7-10. Adicionalmente, há incremento na prevalência das ISTs pelos pacientes assintomáticos, pois estes frequentemente não recebem orientação e tratamento adequado, carreando infecção subclínica e constituindo-se elos fundamentais na cadeia da transmissão das doenças.

A adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos segundo a OMS1,2,6. Atualmente, estima-se que há mais de 1 bilhão de pessoas compreendidas nesta faixa etária, representando quase 20% da população mundial. No Brasil, há cerca de 45 milhões de adolescentes de ambos os sexos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), discriminados no censo demográfico de 201011.

À luz dessas constatações, adiciona-se o fato de que muitos adolescentes iniciam a vida sexual quando ainda apresentam pouco conhecimento sobre as ISTs e têm uma percepção equivocada sobre o risco pessoal de adquirir essas doenças. Portanto, é justificada a preocupação e a atenção especial dos profissionais de diversas áreas com a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. O presente estudo busca identificar os fatores peculiares relacionados às ISTs nesse grupo populacional e sistematiza o manejo adequado desses pacientes.

Desenvolvimento:As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. A adolescência compreende um período de grande vulnerabilidade às IST, fato justificado, pois muitos adolescentes iniciam a vida sexual quando ainda apresentam pouco conhecimento sobre as mesmas, tendo uma visão equivocada sobre o risco pessoal de adquiri-las. Esse período é marcado por mudanças anatômicas, fisiológicas, psíquicas e sociais. O presente artigo busca identificar os fatores peculiares relacionados e sistematizar o manejo adequado das ISTs neste grupo populacional.

Conclusão:

A incidência das ISTs entre adolescentes vem aumentando e já podem ser consideradas um problema de saúde pública. O início precoce da atividade sexual, associado à baixa adesão ao uso do preservativo, contribui para o aumento da incidência. Políticas públicas de saúde sexual e reprodutiva, que incluem educação em saúde e acompanhamento psicológico nesta faixa etária são de extrema importância no combate às IST's nesta faixa etária.

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