Torno a ver-vos, ó montes; ó destino Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino. Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fieis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino. Se o bem desta choupana pode tanto Que chega a ter mais preço, e mais valia, Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto; Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria.
1 No primeiro verso do poema, percebe-se que o eu
lírico está retornando para um lugar já conhecido.
a) De onde vem o eu lírico?
b) Em que lugar se encontra de volta?
c) Do ponto de vista geográfico, social e até espiritual há
diferenças entre esses dois mundos? Justifique sua
resposta.
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a) O eu lírico vem da Corte, da Metrópole, do mundo urbano ("Pelo traje da Corte, rico e fino").
b) O eu lírico está de volta à Colônia, um lugar rústico, essencialmente rural ("Aqui me torna a pôr nestes outeiros").
c) Sim, há várias diferenças entre esses dois mundos:
há uma oposição entre Colônia, um ambiente rural, marcado pela simplicidade e harmonia com a natureza, e a Metrópole, ambiente urbano, marcado pelo luxo e pela superficialidade.
O eu lírico acredita que no campo poderá ter uma vida simples, feliz e tranquila, ao lado de fieis amigos.
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