topicos sobre a vida das mulhres africanas pvf preciso pra hoje!
Soluções para a tarefa
O mulherismo africana é uma teoria que visa a discussão de gênero numa perspectiva afrocêntrica. Assim, não é possível entender mulherismo africana sem conhecer a afrocentricidade. Toda mulherista africana é afrocentrada.
O mulherismo africana está contido na afrocentricidade. É uma de suas partes, mas não só. Compõem a afrocentricidade, além de toda a orientação teórico-metodológica desenvolvida pela Ama Mazama e Molefi Asante (dentre outros), a psicologia afrocentrada, o serviço social afrocentrado, os estudos afrocentrados na área de leitura etc...
4. Nem todo/a teórico/a preto/a é afrocentrado/a. Um exemplo? Luther King. Não se trata de um demérito, é um fato. Portanto, mesmo reconhecendo a importância de homens como ele, sua orientação teórica é outra. Idem para Stuart Hall, Paul Gilroy, Cornel West e outras fitas. Podemos aprender alguma coisa com eles, assim como com teóricos não africanos, se estivermos cientes das limitações de suas análises.
5. O que significa ser afrocentrado na prática (2)? Colocar a África no centro. Saber distinguir o que é valor ocidental e africano. Reconhecer-se enquanto africanos que, devido a um processo de desenraizamento que dura pelo menos 500 anos, foram privados de nossa língua, cultura e convivência. Buscar África nos mínimos detalhes: alimentação, leituras, vestimentas, comportamentos, relacionamentos, prioridades. Isso significa dizer, na prática, que quando assumimos a afrocentricidade, mudamos nosso jeito de ser, porque até o nome que nos deram é o nome do colonizador. É por isso que muitos irmãosãs da afrocentricidade adotam nomes africanos (e absurdamente são achincalhados por isso!). carregamos em nós o nome daqueles que escravizaram nossas famílias. É uma morte ontológica.
6. É mulherismo africanA (com A no final). Por quê? Esse “Africana” é um plural do latim. Logo, já na sua denominação, o mulherismo africana reconhece a pluralidade das experiências das mulheres pretas de África e diáspora. O mulherismo africana faz parte de uma escola chamada Estudos Africana, e os eua, hoje, são o polo de maior produção de material. ISSO NÃO SIGNIFICA que seja uma teoria norte-americana. Compõem o quadro de teóricas mulheristas africanas mulheres da diáspora e do continente: eua, Zimbábue, Gana, Haiti, entre outras. (Ah! E por que latim? Porque o latim é preto. Quem sistematizou o latim foram os mouros, e os mouros eram pretos.)
7. O mulherismo africana não se propõe universal. Ele está voltado para mulheres africanas do continente e da diáspora. SOMENTE. Mulheres de outros povos, em conjunto com suas comunidades, tem condições e agência social suficiente para resolver seus problemas internos. Não acreditamos na unicidade da luta feminina porque essas mulheres vêem de berços culturais OPOSTOS. O que é emancipação pra uma, jamais será pra outra. Existe uma experiência universal do que é ser preta africana. Os outros povos tem suas próprias experiências. Como se baseia no paradigma da afrocentricidade, uma pessoa branca que porventura se diga mulherista africana é uma deslocada de sua própria história. Idem para pessoas pretas que adotam uma perspectiva europeia. Sempre bom lembrar as palavras do Asante com relação a isso: não é que sejamos contra a cultura de outros povos, mas é que ela, simplesmente, não é nossa.
8. Além de afrocentrada, toda mulherista africana é pan-africanista, uma vez que a afrocentricidade elege o pan-africanismo como plataforma política. Ser pan-africanista significa dizer que povos pretos do continente e da diáspora devem lutar unidos pela libertação, é reconhecer que toda pessoa preta é africana e que a opressão racial se expressa de maneira semelhante em qualquer lugar do mundo onde uma pessoa preta esteja. Aliás, isso é indiscutível. Quem não se reconhece mulher africana (no nosso caso, em diáspora), não pode ser mulherista africana. É o lógico. Como sabemos, a ideia de brasilidade é varguista e gilbertofreyriana, criada no pós abolição para evitar revoltas pretas usando principalmente o samba e o futebol. Na prática, o brasil, uma invenção europeia, sempre nos considerou cidadãos de segunda classe exatamente devido a nossa origem africana.
9. Mulherismo e mulherismo africana não são sinônimos. “Mulherismo” é uma criação da Alice Walker que não rompe com a ótica ocidental de análise das questões de gênero. Não parte da centralidade africana.
10. Colocar a África no centro significa dizer que estamos falando de uma África mítica? Não! África única? Não! Mas compreender que existe uma unidade cultural na diversidade africana, da mesma forma que o pensamento ocidental (branco), por mais diverso, possui características comuns. O não reconhecimento de uma unidade na diversidade é uma característica essencialmente europeia.