Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.
Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
Mamãe!vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!
Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala.”
Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: “Que mal te fazia,
Meu filho, esse animazinho,
Que livre e alegre vivia?
Solta essa pobre coitada!
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Vê como treme assustada...
Vê como treme de medo...
Para sem pena espetá-la
Numa parede, menino,
É necessário matá-la:
Queres ser um assassino?”
Pensa Alfredo... E, de repente,
Solta a borboleta... E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.
“Assim, meu filho! perdeste
A borboleta dourada,
Porém na estima crescente
De tua mãe adorada...
Que cada um cumpra a sorte
Das mãos de Deus recebida:
Pois só pode dar a Morte
Aquele que dá a Vida.”
Aquele que dá a Vida. texto acima, “A borboleta”, escrito por Olavo Bilac, é um poema narrativo. Que
elementos permitem identificar esse texto como um poema? E quais características
correspondem às de uma narrativa?
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2. O poema exibe dois pontos de vista: o do garoto e o da sua mãe. Quais são as
diferenças entre eles? A argumentação da mãe acaba influenciando na maneira como
o garoto enxerga a situação?
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Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
resposta 1°: podemos identificar o texto como um poema principalmente pelo fato que a cada verso que acaba se rima, e a narrativa creio que seja por uma terceira pessoa.
resposta 2°: A diferença é justamente o ponto de vista de cada um, o garoto pensa de uma forma e a mãe de outra. E sim, a argumentação da mãe acaba influenciando na atitude do garoto, por isso ele muda seu ponto de vista e resolve "soltar" a borboleta.
Explicação:
espero ter ajudado!
andreylucasmaeandrei:
muito obrigado
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