Filosofia, perguntado por sophiafreire8, 7 meses atrás

“Tomemos (...) este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colmeia: ele ainda não perdeu a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera (DESCARTES, René. Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.). Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes: * a) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência. b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos. c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo. d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos. e) A existência e o consequente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.

Soluções para a tarefa

Respondido por marianabelloquim
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Resposta: c

Espero ter ajudado :)
Respondido por tagliettimariana
12

 Descartes acreditava que o raciocínio era inato ao ser humano, ou seja, que está consigo mesmo desde do seu nascimento, mas que para que essas ideias se tornem reais é necessário pensar e analisar.  

 Portanto, a Letra C está correta.

 É dele, a famosa frase "Penso, logo existo", dessa maneira, é necessário pensar racionalmente e seguir o método cartesiano que consistia em: evidência, análise, ordem e enumeração.

 É necessário você achar uma ideia, analisa-la, por em ordem e enumera-la para ser organizada.

 Ele acreditava que assim se chegaria a verdade absoluta.

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