todos os paises tem a mesma condição de igualdade? explicar
Soluções para a tarefa
Resposta:
Não.
Explicação:
A desigualdade social é a diferença existente entre as classes sociais ou castas dominantes e as classes sociais ou castas dominadas. Ao longo dos tempos, os sistemas econômicos e políticos das cidades foram criando mecanismos de distinção entre as pessoas. Nas chamadas sociedades estratificadas, esses mecanismos são as divisões de castas, como os nobres na Europa feudal e as castas indianas, predominantes como sistema de distinção até o século XX.
Nessas sociedades a possibilidade de mobilidade social (sair de uma casta inferior e passar para uma superior) é nula ou quase nula, sendo que a origem familiar determina a casta. O republicanismo e o capitalismo criaram outro sistema de distinção baseado na capacidade de acúmulo de capital. Esse sistema tem uma possibilidade maior de mobilidade, mas alimenta-se ferozmente da desigualdade social, que é uma barreira para o pleno desenvolvimento das sociedades capitalistas contemporâneas.
Dados sobre a desigualdade social no mundo
No levantamento exposto pela revista Desafios do Desenvolvimento, mantida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)|1|, em 2004, Hungria, Japão e Dinamarca eram os países com menores taxas de desigualdade social, tendo índice de Gini de 0,244, 0,247 e 0,249, respectivamente. Os Estados Unidos ocupavam o 76º lugar no ranking, com índice de 0,408, enquanto o Brasil ocupava o 120º lugar, com o índice marcado em 0,591. O último país dos 127 rankeados no estudo foi a Namíbia, com índice em 0,707.
A desigualdade social separa as camadas mais ricas e poderosas das camadas mais pobres da população.
A desigualdade social separa as camadas mais ricas e poderosas das camadas mais pobres da população.
Além do coeficiente de Gini, temos dados de pesquisas variadas que mostram a alta desigualdade social no mundo. Segundo matéria publicada no periódico El País em 17 de outubro de 2015|2|, 1% da população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta.
Na mesma matéria há uma pirâmide de renda demonstrando que 0,7% da população mundial possui renda de mais de um milhão de dólares mensais, 7,4% possuem renda entre 100 mil e um milhão, 21% possuem renda entre 10 mil e 100 mil dólares, e 71% possuem renda menor que 10 mil dólares mensais. O maior problema é que grande parte desses 71% mais pobres do planeta possui rendas extremamente baixas ou está abaixo da linha da pobreza, tendo dificuldades para manter alimentação e moradia dignas.
Como acabar com a desigualdade social?
Ao longo da história contemporânea, a preocupação com a desigualdade social começou a surgir, dando lugar a teorias que visavam reduzir ou eliminar as diferenças econômicas entre ricos e pobres. Assim tiveram origens os ideais socialistas, que visavam uma forma de organização estatal capaz de promover a igualdade econômica.
As primeiras formas de socialismo, hoje chamadas de socialismo utópico, não expressaram qualquer indício de prática. O socialismo científico foi a forma mais desenvolvida de economia socialista proposta no século XIX pelo filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx e pelo economista e escritor alemão Friedrich Engels.
Existe também a perspectiva anarquista, embasada principalmente nos estudos do filósofo, sociólogo e economista francês Pierre-Joseph Proudhon e do filósofo e teórico político russo Mikhail Bakunin. Segundo a teoria anarquista, o Estado deve ser abolido completamente e, junto a ele, abole-se o capitalismo. As entidades estatais seriam substituídas por sistemas de assembleias e pela autogestão popular para a tomada de decisões políticas. A economia capitalista daria lugar ao sistema de cooperativismo.
Outras perspectivas ganharam destaque no século XX e ainda se mantêm no século XXI. Trata-se do conjunto de ideias chamado de reformismo — são perspectivas políticas que colhem elementos socialistas e capitalistas, visando manter a economia regida pelo sistema capitalista, mas com ideias de redução da desigualdade social e de redistribuição de renda via atuação estatal. Uma dessas perspectivas é a social-democracia, sistema político econômico adotado em países europeus, como Noruega, Finlândia e Suécia.