Biologia, perguntado por rogercruz17, 8 meses atrás

Todos os organismos geneticamente modificados (OGM) devem ser avaliados quanto às alterações genotípicas e fenotípicas decorrentes da modificação de um gene ou da inserção de um gene exógeno. Apesar da ideia de inserir um gene em um organismo selvagem seja melhorar a sua propriedade ou diminuir os custos, pode ocorrer a instabilidade da própria proteína inserida, ou ainda, a alteração dos efeitos regulatórios dos outros genes, que não o gene inserido. Dessa maneira, quando se desenvolve um OGM, deve-se tomar nota de todos os efeitos, sejam eles benéficos ou maléficos, levando em consideração os valores agregados ao crescimento e ao consumo. Existem, ao todo, três grupos de riscos, os Alimentares, os Ecológicos e os Agroecológicos.
​Nesse contexto considerado, redija um breve texto dissertativo, conceituando cada um dos riscos. Em seu texto apresente um exemplo/contexto no qual cada um dos riscos se aplica.

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Respondido por BRSiqueiWa1
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Resposta:

Explicação:

Todos os organismos geneticamente modificados devem ser avaliados quanto

às alterações genotípicas e fenotípicas decorrentes da modificação de um gene

ou da inserção de um gene exógeno. Apesar da ideia de inserir um gene em um

organismo selvagem seja melhorar a sua propriedade ou diminuir os custos, pode

ocorrer a instabilidade da própria proteína inserida, ou ainda, a alteração dos

efeitos regulatórios dos outros genes, que não o gene inserido. Dessa maneira,

quando se desenvolve um OGM, deve-se tomar nota de todos os efeitos, sejam

eles benéficos ou maléficos, levando em consideração os valores agregados ao

crescimento e ao consumo.

Existem, ao todo, três grupos de riscos:

a. Riscos alimentares: deve-se verificar a presença da síntese imediata de

proteínas possivelmente tóxicas ou com efeitos alérgicos. Deve-se, também, levar em consideração os efeitos pleiotrópicos da proteína transgênica

(pleiotropia refere-se aos efeitos que um gene ou uma proteína causam

nos genes não relacionados). Outra preocupação é o efeito de acumulação de herbicidas (ou ainda, de seus metabólitos) nas espécies resistentes,

seja na própria planta, ou em seus produtos. E, por último, deve-se avaliar

a potencialidade de os genes inseridos pela tecnologia do DNA recombinante serem transferidos lateralmente para bactérias simbióticas, tanto

em humanos quanto em animais.

b. Riscos ecológicos: um dos principais problemas seria a transferência lateral de genes para a microbiota do solo ou rizosfera. Além disso, outros

problemas podem ser destacados, como a rápida seleção de microrganismos resistentes aos efeitos tóxicos inseridos em plantas pelo RNA

recombinante, problema causado pela elevada pressão seletiva; a preocupação com o risco de afetar insetos não-alvo pela expressão de proteínas

transgênicas tóxicas, causando alteração das cadeias e teias alimentares;

risco de “surgimento” de cepas virais altamente patogênicas, cuja causa

é a interação do vírus com a planta transgênica (neste caso, a construção transgênica ainda seria instável no genoma do organismo receptor),

o que leva à recombinação do vírus patogênico; além do declínio da biodiversidade das plantas selvagens causado pela polinização cruzada de

plantas resistentes (herbicidas e inseticidas) com a diversidade selvagem.

c. Riscos agroecológicos: em relação ao agronegócio, a principal preocupação é que a resistência das plantas transgênicas tenha menos eficiência em

decorrência da extensa utilização do cultivar durante vários anos; além dos

efeitos pleiotrópicos que o gene inserido pode causar no genoma e no fenótipo da planta, com o risco de efeitos indesejados na atividade do cultivar.

Existem algumas metodologias e alguns parâmetros que devem ser tomados quando

se avalia os riscos de um organismo geneticamente modificado. Atualmente, a

principal forma de avaliação dos riscos de um alimento transgênico é medido por

meio da comparação com o seu análogo convencional (pelo seu histórico de uso

seguro) e, geralmente, os parentais utilizados para a inserção do DNA recombinante. Esse processo de comparação é chamado de equivalência substancial e o seu

uso como metodologia para a avaliação dos riscos é muito debatido ultimamente.

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