Todos os anos o Menino Jesus nasce, naquela data, como nascem no horizonte todos os dias e todas as noites, o Sol e a Lua e as estrelas e os planetas...”
A comparação apresentada acima sugere que o nascimento do Menino Jesus
contrasta com os fenômenos naturais do universo?
é natural , espontâneo e certo?
necessita ser lembrado a todo momento?
tem início, mas não tem fim?
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Biblioteca Pública: contação de histórias promove reflexão sobre o sentido do Natal
2 DE DEZEMBRO DE 2013 - 10:30
Alegria, felicidade, amizade, respeito, disponibilidade para a escuta e o diálogo… Os sentimentos e os valores mais significativos nas relações interpessoais serão difundidos por meio de contação de histórias durante a programação de dezembro do Setor Infantil da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, que começou nesta segunda-feira (2) e se estende até a próxima sexta-feira (6). Para os grupos de crianças e adolescentes de escolas que agendaram visita ao equipamento nesta semana, a programação é uma oportunidade de compreender o verdadeiro sentido do Natal.
Além das visitas guiadas aos diversos setores da Biblioteca, os estudantes poderão participar, hoje e amanhã, de oficinas de arte para confecção de enfeite natalino, a partir de material reciclável, usando CDs usados, tecido e cola. Na quarta-feira, a equipe da Biblioteca receberá as crianças abrigadas no Espaço Temporário de Acolhimento Infantil e desenvolverá com elas a atividade Natal Solidário, incluindo a contação da história “Eu tenho um pequeno problema, disse o urso”, baseada na obra do austríaco Heinz Janisch, que escreve livros e peças de teatro para o público infanto-juvenil. O livro “Eu tenho um pequeno problema, disse o urso” trata principalmente da importância da amizade e de estar disponível para ouvir o outro. A atividade será conduzida pela bibliotecária Simone Rodrigues com crianças que passaram por diversas situações de violência e violação de direitos.
Na quinta-feira, a contação de história “A menina e o segredo da avó”, baseada no livro homônimo de Alexandre Perlingeiro, enfocará a importância do diálogo e o significado da alegria e da felicidade. Inspirado em momentos da infância com o avô, em Niterói (RJ), o autor narra, de forma delicada, uma conversa entre uma criança e um adulto sobre questões simples da vida, mostrando a riqueza e a profunda afetividade que podem revelar os momentos de encontro e convivência entre diferentes gerações. A contação da história ficará sob a responsabilidade do ator Clayson Saldanha, que, mesmo com apenas 19 anos, dedica-se à dramatização de textos desde pequeno.
Na sexta-feira, Clayson Saldanha promoverá uma vivência com os próprios funcionários da Biblioteca, indo a cada setor entregar fragmentos do “Natal na Ilha do Nanja”, texto de Cecília Meireles (1901-1964). Momento para refletir sobre o ciclo natalino e suas representações: “Na Ilha do Nanja, o Natal continua a ser maravilhoso. Lá ninguém celebra o Natal como o aniversário do Menino Jesus, mas sim como o verdadeiro dia do seu nascimento. Todos os anos o Menino Jesus nasce, naquela data, como nascem no horizonte, todos os dias e todas as noites, o sol e a lua e as estrelas e os planetas. Na Ilha do Nanja, as pessoas levam o ano inteiro esperando pela chegada do Natal. Sofrem doenças, necessidades, desgostos como se andassem sob uma chuva de flores, porque o Natal chega: e, com ele, a esperança, o consolo, a certeza do Bem, da Justiça, do Amor. Na Ilha do Nanja, as pessoas acreditam nessas palavras que antigamente se denominavam “substantivos próprios” e se escreviam com letras maiúsculas. Lá, elas continuam a ser denominadas e escritas assim”.