“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma e no corpo – há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil – a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro. No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, principalmente do negro. A influência direta, ou vaga e remota, do africano. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava ou ama que nos embalou. Que nos deu de mamar [...]” (FREYRE, 1975, p. 283).
FREYRE, G. Casa-grande & senzala. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.
Na citação apresentada, Gilberto Freyre demonstra o seu posicionamento sobre a miscigenação no Brasil, que constituiu uma democracia racial. Assinale a alternativa que melhor define esse conceito.
Escolha uma opção:
a. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre colonizadores, negros e indígenas, motivada pela miscigenação, que, sob sua perspectiva, ocorreu pacificamente e se colocava de forma igualitária na sociedade brasileira.
b. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “A integração do negro na sociedade de classes”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre colonizadores, negros e indígenas, motivada pela miscigenação, que, sob sua perspectiva, ocorreu por meio de conflitos, mas se colocava de forma igualitária no Brasil.
c. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre os colonizadores, mas a miscigenação entre povos negros e indígenas causou conflitos e desigualdades sociais. A igualdade ocorreu quando essas populações começaram a conviver cotidianamente.
d. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência exploratória entre colonizadores, negros e indígenas, motivada pela miscigenação, que, sob sua perspectiva, ocorreu por meio de conflitos, mas se colocava de forma desigual na sociedade brasileira.
e. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre colonizadores, negros e indígenas, motivada pelo branqueamento social, que, sob sua perspectiva, ocorreu por meio de conflitos, mas se colocava de forma igualitária na sociedade brasileira.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre colonizadores, negros e indígenas, motivada pela miscigenação, que, sob sua perspectiva, ocorreu pacificamente e se colocava de forma igualitária na sociedade brasileira.
Explicação:
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Resposta:
Resposta correta: Letra a. O conceito de democracia racial é desenvolvido por Gilberto Freyre em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre colonizadores, negros e indígenas, motivada pela miscigenação, que, sob sua perspectiva, ocorreu pacificamente e se colocava de forma igualitária na sociedade brasileira.
Explicação:
Gilberto Freyre (1900-1987) foi um dos principais autores pós-1930, precursor do pensamento social brasileiro com seu livro “Casa-grande & senzala”, escrito em 1933. Nessa obra, Freyre busca demonstrar as características da colonização portuguesa, a formação da sociedade agrária, o uso da mão de obra escravizada e a miscigenação, como a mistura de três raças (portugueses, indígenas e negros) colaborou para compor a sociedade brasileira, ou seja, as relações entre casa-grande, senhores de engenho/colonizadores e senzala (pessoas escravizadas).
O conceito de democracia racial é desenvolvido por Freyre (1975) em “Casa-grande & senzala”. Segundo o autor, havia, no Brasil, uma convivência harmônica entre essas três raças, motivada pela miscigenação, que, sob sua perspectiva, ocorreu de maneira pacífica.