TODA CRIANÇA TEM O DIREITO A NÃO SER CAMPEÃ
O ser humano em todas as fases da vida está sempre descobrindo e aprendendo com
seus semelhantes e pelo domínio sobre o meio em que vive. A este ato da busca,
de troca, de interação, de apropriação é que se dá o nome de educação. Nesse
sentido, é inegável a importância da utilização dos conteúdos dos jogos, ginásticas,
lutas e danças na prática regular de exercícios físicos realizados durante a infância e
adolescência como importante estratégia para o ato de educar.
No entanto, a atividade física por si só não educa, pois seus efeitos dependem da
situação criada, especialmente, em relação aos aspectos de interação social, ao clima
afetivo-emocional entre os quais a interação do educador é fundamental. Dentro
dessa linha de raciocínio, o lúdico na educação infantil, apoiado nas ações do jogo,
da dança, enfim, por meio do movimento, é uma importante forma de educar.
(...)
Nesse sentido, a ludicidade como conteúdo dos jogos, ginástica, lutas e danças nos
programas de exercícios físicos na infância está longe da concepção ingênua de
passatempo, brincadeira ou diversão superficial, muito pelo contrário: quando bem
planejada, se torna uma importante ferramenta para o desenvolvimento integral da
criança.
A participação das crianças nas atividades esportivas deve ser voltada, necessariamente,
à aquisição de um repertório motor amplo e variado que possibilite uma maior
vivência motora – experiência com diferentes formas de se movimentar a fim de
criar uma “biblioteca motora” ampla e rica, além dos estímulos que propiciarão um
melhor desenvolvimento cognitivo e socioafetivo.
(...)
(...)
Nas últimas décadas verificou-se uma explosão do profissionalismo no esporte. O
interesse da iniciativa privada por essa área e as consequentes oportunidades de
independência financeira e ascensão social têm levado os profissionais envolvidos
com esse segmento a uma corrida incessante em busca do sucesso, que, em muitos
casos, tem trazido sérios prejuízos psicofisiológicos às pessoas envolvidas nesse
processo.
Diversos problemas, como dificuldades em melhorar o desempenho, conflito entre
técnico e atleta, uso de drogas muitas vezes utilizadas como doping em busca de
melhores resultados e estresse emocional, são extremamente intensificados pela
incrível pressão exercida pelas sessões de treinamento em face das exigências da
preparação dos atletas de elite que se inicia cada vez mais precocemente.
(...)
Por fim, jovens atletas precisam ser encorajados a se tornarem menos dependentes
e mais autônomos em suas decisões. Os jovens devem aprender com o esporte que
não são perfeitos e que vão errar muitas vezes. Eles não deveriam ter receio de agir
por medo de errar. É preciso ensiná-los a ter iniciativa, agir e ousar sabendo que
vão errar muitas vezes. Os erros os tornam mais fortes se forem aceitos de maneira
apropriada. (...)
(...)
Essa afirmação pode ser ilustrada por meio da reflexão dos motivos que levam um
adulto a matricular uma criança na educação formal ou em uma “escolinha” de
esportes. Quando levamos uma criança para o seu primeiro dia de aula, dificilmente
pensaremos que com esta atitude estaremos contribuindo para a formação de um
futuro gênio da bioquímica ou da física ou que, ao matricularmos nossas crianças na
escola, estaremos contribuindo para a preparação do próximo ganhador do Prêmio
Nobel de Literatura, por exemplo.
(...)
Nas últimas décadas verificou-se uma explosão do profissionalismo no esporte. O
interesse da iniciativa privada por essa área e as consequentes oportunidades de
independência financeira e ascensão social têm levado os profissionais envolvidos
com esse segmento a uma corrida incessante em busca do sucesso, que, em muitos
casos, tem trazido sérios prejuízos psicofisiológicos às pessoas envolvidas nesse
processo.
Diversos problemas, como dificuldades em melhorar o desempenho, conflito entre
técnico e atleta, uso de drogas muitas vezes utilizadas como doping em busca de
melhores resultados e estresse emocional, são extremamente intensificados pela
incrível pressão exercida pelas sessões de treinamento em face das exigências da
preparação dos atletas de elite que se inicia cada vez mais precocemente.
(...)
Por fim, jovens atletas precisam ser encorajados a se tornarem menos dependentes
e mais autônomos em suas decisões. Os jovens devem aprender com o esporte que
não são perfeitos e que vão errar muitas vezes. Eles não deveriam ter receio de agir
por medo de errar. É preciso ensiná-los a ter iniciativa, agir e ousar sabendo que
vão errar muitas vezes. Os erros os tornam mais fortes se forem aceitos de maneira
apropriada. (...)
a. O que é possível inferir a partir do título do artigo?
LÍNGUA PORTUGUESA | 3
b. Qual o possível contexto de produção desse texto?
c. O que entendemos por prejuízos psicofisiológicos?
d. Qual a relação entre o artigo apresentado e a proposta desta aula?
Soluções para a tarefa
A) O titulo do texto mostra que nossa sociedade vem pressionando os indivíduos desde há infância para que estes sejam os melhores a todo custo, o que não é saudável.
B) O texto é produzido em um contexto de profissionalização dos jogos e esportes, em que ocorre uma forte pressão para que as crianças sejam sempre melhores que seus adversários em tais práticas.
C) Prejuízo na capacidade cognitiva devido aos complexos que são criados na mente, como bloqueio para o desenvolvimento de diversas atividades.
D) A relação consiste em mostrar que todos nós possuímos limitações e defeitos, e que isso não nos faz inferiores, apenas diferentes, o artigo mostra que devemos tomar nossas escolhas.
Resposta:
A) O titulo do texto mostra que nossa sociedade vem pressionando os indivíduos desde há infância para que estes sejam os melhores a todo custo, o que não é saudável.
B) O texto é produzido em um contexto de profissionalização dos jogos e esportes, em que ocorre uma forte pressão para que as crianças sejam sempre melhores que seus adversários em tais práticas.
C) Prejuízo na capacidade cognitiva devido aos complexos que são criados na mente, como bloqueio para o desenvolvimento de diversas atividades.
D) A relação consiste em mostrar que todos nós possuímos limitações e defeitos, e que isso não nos faz inferiores, apenas diferentes, o artigo mostra que devemos tomar nossas escolhas.
Explicação: espero ter ajudado