Português, perguntado por nunesclarice526, 6 meses atrás

Título da aula: A ocorrência da concordância verbal no gênero entrevista

Finalidade: Trabalhar com verbos, a fim de reconhecer o uso da concordância padrão e nãopadrão da Língua Portuguesa no gênero entrevista.

NA TRILHA DA CONCORDÂNCIA VERBAL: Aqui, vocês estudarão a variação

linguística, com foco na concordância verbal padrão e não-padrão, nos trechos das duas

entrevistas a seguir, com Maria Teresa, ex-escrava e com o geógrafo Milton Santos.

MARIA TERESA: …‖Coitados! Vinha tudo amarrado, algemado assim, tudo algemado,

heim!‖(perguntada se lá tinha quilombo, não entende a pergunta): Em Paraíba tinha tudo. Pra

onde eles fugia? Era no mato virgem. Era mais na roça. Paraíba, Campo Verde, Boa Vista,

Conceição, Santa Teresa. Eu fui criada na fazenda da Santa Teresa. Era do Visconde de

Avellar. Ficavam lá no mato, coitados. As vezes eles vinham, roubavam um porco do senhor e

iam comer no mato. Fazia fogo no mato pra comer.

MILTON SANTOS– Não tenho muita simpatia por essa forma de começar primeiro por

achar que é um pouco estilo americano (risos); segundo, porque obriga a gente a ficar nu

(risos), o que pode ser perigoso. Sou baiano, venho de uma família de professores do lado

materno, meu avô e minha avó eram professores primários, mesmo antes da abolição. Do lado

paterno, devem ter sido escravos, não sei muito bem, porque em minha casa me ensinaram a

olhar mais para a frente do que para trás. Meu pai também acabou sendo professor primário,

de modo que nasci numa família que – antes da criação do que se chama classe média – era

uma família remediada, humilde mas não pobre, e que tentou me dar uma educação para

mandar, para ser um homem que pudesse, dentro da sociedade existente na Bahia, conversar

com todo mundo.

Milton Santos (geógrafo) Fonte: TV Brasil

Vocês sabem quem são essas pessoas e sua importância para a cultura negra do Brasil?

Acompanhem um pouco da biografia de ambos:

Milton Santos nasceu em 3 de maio de 1926 em Brotas de Macaúbas, Bahia. Embora formado

em Direito, sempre lecionou geografia nas escolas de ensino médio da Bahia. Em 1958,
concluiu um doutorado em geografia, na Universidade de Strasbourg, França. Foi colaborador

dos jornais A Tarde, de Salvador e da Folha de S. Paulo.

Esteve sempre envolvido com a política; em 1960 participou do governo, mas em 1964 foi

preso em decorrência do golpe militar. Após sua saída da prisão trabalhou em universidades

da França, Canadá, Estados Unidos, Venezuela e Tanzânia, na África.

Retornou ao Brasil em 1977, pois queria que seu segundo filho nascesse na Bahia. Em 1978,

iniciou sua carreira na Universidade de São Paulo, lecionando na Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo e posteriormente na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao voltar para São

Paulo tornou-se professor da Faculdade de Geografia da USP. Recebeu títulos de Doutor

Honoris Causa nas universidades de Toulouse, Buenos Aires, Madri e Barcelona e outros no

Brasil, destacando o de Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências

Humanas da USP.

Milton Santos foi o primeiro nativo de um país de terceiro mundo a receber o prêmio Vatrin

Lud, uma espécie de Prêmio Nobel da Geografia. Faleceu em 24 de junho de 2001, em São

Paulo.

Algumas Obras: Pobreza urbana (1978); O espaço dividido: dois circuitos da

economia urbana (1979); Manual de geografia urbana (1981); Ensaios sobre a urbanização

latino-americana (1982).

Maria Teresa Bento da Silva nasceu por volta de 1859, filha de escravos e ela mesma

uma escrava, no estado do Rio de Janeiro, no distrito hoje conhecido pelo nome de Avellar.

Um nome que era também o nome de família do seu senhor, João Gomes Ribeiro de Avellar,

Visconde da Paraíba.

Ela contou os acontecimentos de quando tinha apenas 15 anos, quando fugiu com seus pais

tornando-se quilombola. Contou os diferentes tipos de castigos aplicados aos escravos pelo

seu senhor, um homem cruel como contou – mais cruel que seu pai, o senhor que o precedera.

Disse que ele teria algumas centenas de escravos e afirmou que as fugas eram frequentes. Ela

mesma escapou com seus pais presumivelmente nunca mais voltou, vivendo num quilombo

até à abolição, apesar de não ter conhecimento do significado dessa palavra.

Falou ainda do Jongo, uma dança e tipo de música africana do sudeste brasileiro.

Chamou-lhe uma ―festa de pretos‖ para entretenimento dos brancos. Afirmou que havia sido

seu avô quem trouxera o Jongo de Angola para a plantação onde crescera, e que foram seus

descendentes que o mantiveram vivo na comunidade de onde se tornaria mais tarde a

matriarca.

Maria Teresa faleceu dois anos após a entrevista. No entanto a sua história foi

confirmada por pesquisas posteriores e a sua voz vive nas gravações de um pesquisador muito

sortudo.

Acesso em 11/02/2021

Então, vocês ainda têm alguma dúvida em relação ao vocabulário do texto?

Para vocês, quem seria o público leitor dessa entrevista?

Qual a finalidade dessa entrevista?

Vocês á leram alguma entrevista?






mim ajuda por favor é pra sexta feira ​

Soluções para a tarefa

Respondido por thalispaz33
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Resposta:

não sei, não sei

Explicação:

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