Português, perguntado por tererepe, 9 meses atrás

Texto:
Torno a ver-vos, ó montes;o destino
Aqui me torna a pôr neste outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da corte rico e fino.
(...)
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que da Cidade o lisonjeiro encanto;
(...)

1- Esclareça o sentido que se pode atribuir a expressão ''lisonjeiro encanto'', considerando o ponto de vista árcade sobre a vida no campo e nas grandes cidades.

Soluções para a tarefa

Respondido por jessicafariasilva094
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Resposta:

Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)

Aqui me torna a pôr nestes outeiros,

Onde um tempo os gabões deixei grosseiros

Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,

Os meus fiéis, meus doces companheiros,

Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)

Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,

Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)

Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia,

E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)

Se converta em afetos de alegria.

Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o

momento histórico de sua produção.

Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.

A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.

se estiver errado desculpa tentei ajudar

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