Texto:
Torno a ver-vos, ó montes;o destino
Aqui me torna a pôr neste outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da corte rico e fino.
(...)
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que da Cidade o lisonjeiro encanto;
(...)
1- Esclareça o sentido que se pode atribuir a expressão ''lisonjeiro encanto'', considerando o ponto de vista árcade sobre a vida no campo e nas grandes cidades.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)
Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o
momento histórico de sua produção.
Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
se estiver errado desculpa tentei ajudar