texto sore a relação de cinema e filosofia
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Em torno do ano 1995, eu tentava pela primeira vez vincular as minhas duas mais antigas paixões, o cinema e a filosofia. A literatura serviu de mediação. Pensei muito nestas relações no período de minha adolescência, quando era fortemente atraído pelas idéias de Sartre através de seus romances e peças, proporcionando-me elementos para pensar o mundo. Eu sabia que meu primeiro acesso à filosofia tinha sido literário, de maneira que devia existir uma dimensão do pensamento que era literariamente articulável...
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O cinema concretizou, na era moderna, o postulado de Platão segundo o qual os indivíduos vivem em uma caverna e confundem suas sombras com a realidade; assim, os espectadores primitivos de Lumière pensavam que o trem sairia da tela e irromperia pela sala. E até Woody Allen, quando esse mal-entendido metafísico já estava esclarecido, brincou com essa confusão ontológica em A rosa púrpura do Cairo (1985), fazendo seu protagonista literalmente sair da tela. Outros cineastas brincaram com o mistério metafísico do invisível fora de campo, como ocorre com os burgueses que não conseguem sair de uma sala elegante em O anjo exterminador (1962, de Buñuel, enquanto os corredores intermináveis que não vão a lugar algum em O ano passado em Marienbad (1961), de Alain Resnais,são uma metáfora do extravio existencial.
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