texto sobre secrestismo
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Sincretismo na América Latiná
Nas religiões afro-latino-americanas, cada orixá corresponde a um santo católico, mas, de fato, não se trata de um amálgama. As figuras não se confundem. Muitos dos santos Católicos são cultuados também no candomblé e em outras religiões afro-latino-americanas. Na época da escravidão na América Latina, os escravos africanos criaram uma maneira criativa e inteligente de enganar os seus senhores. Invocavam os seus deuses africanos sob a forma dos santos católicos: Oxóssi na forma de São Sebastião, Ogum como São Jorge, Oxalá como Jesus Cristo, Ibejis como Cosme e Damião, Iansã como Santa Bárbara, os fios de contas como Nossa Senhora do Rosário, entre outros.
Também adaptaram alguns rituais africanos à tradição cristã: por exemplo, a incorporação da Lavagem do Bonfim à cerimônia das Águas de Oxalá. Podiam, assim, manifestar publicamente, ainda que de forma dissimulada, sua religiosidade africana. O sincretismo religioso afro-brasileiro já foi retratado em várias obras da literatura, música, teatro e artes plásticas brasileiras. Letristas como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Jorge Ben Jor retrataram o tema em diversas canções, enquanto Dias Gomes levou-o para o teatro com a peça O Pagador de Promessas, que, mais tarde, foi levada para o cinema conquistando uma Palma de Ouro no Festival de Cannes e uma indicação ao prêmio Oscar de melhor filme estrangeiro