texto sobre crianças e acesso a internet antes dos 10 anos, introdução, conclusão e opinião, malefícios do uso da internet de uma criança muito nova
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Resposta:
É verdade que as inovações tecnológicas já estão presentes em boa parte do nosso dia a dia, facilitando várias tarefas, transformando as relações humanas e até mesmo as formas de trabalho. Também devido a isso, o contato com esses adventos tem acontecido cada vez mais cedo fazendo a tecnologia na infância cada vez mais presente.
Influenciadas pelas cenas cotidianas de relação dos pais com o meio digital, não é raro que crianças comecem a interagir com telas antes mesmo de darem seus primeiros passos. Assim, a tecnologia na infância é uma importante oportunidade de aprendizagem quando o assunto é assimilação de informações.
Apesar disso, é fundamental tomar alguns cuidados ao promover essa interação digital nas crianças. Entender o momento certo de incentivar isso, compreender os benefícios e, principalmente, os possíveis riscos são alguns dos fatores que os pais devem levar em consideração.
Acompanhe nosso post para entender melhor como lidar de maneira saudável e utilizar a tecnologia a favor do aprendizado.
Influenciadas pelas cenas cotidianas de relação dos pais com o meio digital, não é raro que crianças comecem a interagir com telas antes mesmo de darem seus primeiros passos. Assim, a tecnologia na infância é uma importante oportunidade de aprendizagem quando o assunto é assimilação de informações.
Apesar disso, é fundamental tomar alguns cuidados ao promover essa interação digital nas crianças. Entender o momento certo de incentivar isso, compreender os benefícios e, principalmente, os possíveis riscos são alguns dos fatores que os pais devem levar em consideração.
Segundo um estudo feito em 2018 pela TIC Kids Online Brasil, 69% das crianças e adolescentes brasileiros que têm entre 9 e 17 anos e com acesso à internet a utilizam mais de uma vez por dia. Dessas, cerca de 10% afirma que o primeiro contato com a rede se deu ainda com seis anos de idade ou menos.
Em contrapartida, cresce também a preocupação dos pais em relação ao uso dos meios digitais pelas crianças.
Um levantamento feito pela ESET mostrou que 88% dos pais se preocupam com o que os filhos acessam no ambiente online, embora apenas 34% deles adotem algum método de segurança digital nesse sentido.
Ainda, diferentemente do que possa imaginar, a realidade de uso em excesso é conhecida também pelos adolescentes.
Um estudo nos Estados Unidos mostrou que, dos entrevistados, 54% deles considera passar muito tempo no celular. Esse é também o principal dispositivo de acesso à internet atualmente no Brasil.
Apesar de a inserção no universo da tecnologia se dar cada vez mais cedo, é comum que surjam dúvidas nos pais em relação a qual é a idade adequada para isso. Aqui, as preocupações são várias: evitar uma espécie de dependência, promover um ambiente digital seguro, não tornar o meio virtual o principal canal de interações sociais, entre tantas outras.
Entre outros pontos, o ensino da programação de forma lúdica, por exemplo, quando incentivado desde cedo e da maneira correta, pode auxiliar no desenvolvimento do pensamento cognitivo e estratégico da criança. Além disso, também promove o aprendizado de um novo idioma, especificamente o inglês.
Em meio a tantos fatores, não há um consenso sobre a idade ideal para inserir a criança no universo da tecnologia.
A verdade é que, dificilmente, será possível isolá-las desse contato — e isso também nem seria indicado, considerando os potenciais benefícios que a tecnologia na infância pode trazer.
Ainda assim, uma indicação feita por especialistas é que crianças com menos de dois anos de idade não tenham acesso à televisão ou a dispositivos móveis. Isso se explica pelo fato de que nessa fase da vida, elas não apreendem adequadamente informações advindas de telas por não serem capazes de transpô-las para o mundo real.
A partir dessa idade, é possível fazer uso benéfico da tecnologia na infância, principalmente ao possibilitar que a criança consuma conteúdos educativos e indicados por especialistas. A ideia, então, é fazer isso de maneira controlada e segura.
Um dos principais fatores a serem considerados para um melhor uso das tecnologias na infância é o acompanhamento dos pais. Isso pode ser feito mediante algumas atitudes, conforme mostramos a seguir.
Ao inserir os filhos no universo tecnológico, é fundamental impor limites. Sendo assim, estabelecer uma quantidade máxima de horas de navegação é a principal maneira de evitar excessos e promover uma utilização saudável do meio digital pelas crianças.
Para crianças que têm entre seis e 12 anos, é indicado o uso de, no máximo, duas horas por dia. Para adolescentes, é recomendado que o tempo seja estipulado de forma personalizada, baseado no cumprimento de atividades saudáveis diárias.
Mais do que limitar o tempo de acesso à tecnologia, é preciso também monitorar o conteúdo que é acessado pelos filhos.
Dessa maneira, deve-se identificar as páginas e sites acessadas, conferindo se a classificação indicativa é adequada, além de acompanhar se há acesso a redes sociais e quais são os contatos nelas estabelecidos.
Ainda, a tecnologia também é capaz de auxiliar nesse controle. Isso porque é possível fazer uso de programas de computador e soluções de controle parental, que podem ser instalados nos dispositivos que os pequenos usam, bloqueando acesso a conteúdos que possam ser considerados inapropriados.
Estimular o uso consciente
Proibir o acesso a meios digitais ou à internet não é o caminho. Para uma relação saudável não só com a tecnologia, mas principalmente entre pais e filhos, é fundamental promover a conscientização sobre o porquê da limitação e orientação de uso.
Assim, é importante mostrar para a criança, por exemplo, que algumas regras de segurança devem ser seguidas para resguardar a ela mesma. Para isso, orientá-la a recorrer ao responsável em casos de acesso a alguma página estranha ou tentativas de contato por parte de desconhecidos por meio da rede.
Uma ideia de canalização do uso da tecnologia na infância também está relacionada à inserção da criança em cursos que envolvem tecnologia.
Dessa forma, é possível extrapolar o ensino convencional e aplicar soluções tecnológicas como vídeos, fotografias 3D, realidade virtual e até mesmo desafios das já citadas robótica e programação. Isso tudo com o objetivo de otimizar o aprendizado, incentivando o interesse das crianças pelos estudos.
Isso inclui desde a aprendizagem na utilização das ferramentas (entendendo suas dinâmicas e formas de aplicá-las) até a própria construção de sistemas, aplicativos e criação de jogos (atividades que podem ser incentivadas desde cedo).
Despertar a criança para novos conhecimentos
Com a internet, é possível ter acesso a um mundo de ideias, pessoas, culturas, idiomas, informações e conhecimentos. Por esse motivo, quando usada de forma orientada, ela é um importante meio de conexão entre a criança e o universo, possibilitando a formação de opinião e senso crítico.
Adquirir autonomia
Grande parte do processo de aprendizagem está relacionado à busca por desenvolver a autonomia da criança e por tomada de decisões. Sendo assim, ainda que a princípio pareça algo pequeno, quando uma informação é ativamente procurada e alcançada por uma criança, ela começa a compreender o sentido da independência e também a resolver problemas sozinha.
Quais são os riscos da relação tecnologia e infância?
Apesar dos inegáveis benefícios, o mau uso da tecnologia na infância pode trazer prejuízos para a criança. Por isso, é preciso que os pais fiquem atentos a quais são eles para evitar que afetem seus filhos. Listamos alguns desses malefícios nas próximas linhas.
Desenvolvimento de transtornos
Como muitas coisas na vida, o uso em excesso da tecnologia pode trazer prejuízos para qualquer pessoa, independentemente da idade.
Na infância, esses efeitos são ainda mais perigosos, quando pensamos que é nessa fase que desenvolvemos habilidades e comportamentos levados para toda a vida.
O uso exagerado dos dispositivos pode provocar transtornos psicológicos como:
ansiedade;
depressão;
sentimento de solidão;
baixa autoestima;
elevada agressividade;
impulsividade;
dificuldade de concentração.
Isolamento social
O fato de a tecnologia possibilitar a comunicação quase sem fronteiras é uma possibilidade, como mencionado, de se conectar com pessoas de diversos lugares do mundo.
No entanto, isso se torna um risco a partir do momento em que o uso exagerado desse meio faz a criança entender que essa é a única maneira possível de se relacionar.
Tal situação a torna vulnerável a partir do momento em que torna o ambiente propício para o isolamento social. Isso diz respeito não só a amigos e colegas, mas também à família, uma vez que a alienação provocada pelo uso desenfreado das tecnologias da comunicação pode dificultar a aproximação entre pais e filhos também.
Cyberbullying
Como percebemos, a influência da tecnologia na infância pode gerar implicações na vida social. Como impacto disso, podemos perceber que um dos maus usos desses meios pode estar ligado a uma exposição negativa da criança.
O bullying, tal como é conhecido, consiste em violência psicológica e/ou física que provoca intimidação e humilhação da vítima.
No meio virtual, essa violência psicológica pode ter consequências ainda piores por meio do cyberbullying, dados o alcance e a velocidade das informações.
Para evitar que os filhos sejam vítimas e até mesmo agressores, é fundamental que pais e professores orientem as crianças sobre a importância do respeito e da empatia com os colegas, inclusive no ambiente virtual.
Sedentarismo infantil
O entretenimento proporcionado pelas tecnologias é capaz de manter nossos filhos por horas e horas brincando em dispositivos digitais. Ainda que haja atividades lúdicas e educativas, é preciso que as crianças se movimentem para ter uma infância saudável.
Isso até mesmo como uma forma de desenvolver a coordenação motora, evitar a obesidade provocada pelo sedentarismo em virtude do excesso de uso da tecnologia na infância. Sendo assim, é importante que os pais mostrem para os filhos os benefícios de se exercitarem.
A principal maneira de fazer isso é incentivar brincadeiras ao ar livre e, se possível, que participem delas, proporcionando união, diversão e, por que não, aprendizado.