texto sobre arte como um meio de inclusão social
Soluções para a tarefa
A arte está presente em nosso cotidiano. Seja no formato de um quadro pendurado na sala de recepção do médico, uma música que ouvimos na rádio enquanto vamos para o trabalho ou mesmo na apresentação teatral que assistimos para nos entreter no final de semana.
No universo infantil, não é diferente. O ideal é que as crianças tenham contato e compreendam a arte o quanto antes, pois isso pode ajudá-las no desenvolvimento. Além disso, a arte como forma de inclusão tem sido cada vez mais visada, entre adultos e crianças.
A inclusão pela arte
Estar em contato com a arte desde cedo pode ajudar os pequenos a desenvolverem vários aspectos importantes, como o senso de criatividade, sensibilidade, além de potencializar as capacidades intelectuais e aprender a expressar as emoções.
Um exemplo de como essa relação pode ser benéfica é o da britânica Iris Halmshaw, de três anos. Diagnosticada com autismo aos 12 meses, a menina tem dificuldades em interagir socialmente e de se comunicar verbalmente. No entanto, descobriu um talento ao ganhar da avó um cavalete e tintas de pintura.
Crianças que usam o grafite e a arte de rua como voz de expressão
Além de funcionar como terapia, a pintura também se tornou algo mais: uma fonte de renda para o futuro da pequena. Hoje, Iris cria suas obras num estúdio montado especialmente para ela, e suas pinturas já foram adquiridas por mil e quinhentos dólares.
Promovendo a interação da arte com criançasExemplos práticos mostram como a arte pode ser introduzida no universo infantil como forma de inclusão. Um deles é a exposição Jean-Michel Basquiat – Obras da Coleção Mugrabi, em cartaz no CCBB Educativo de São Paulo até 7 de abril.
Dentro da programação do evento, foi desenvolvido um roteiro especial para pessoas dentro do espectro autista, síndrome de Down, deficiência intelectual e com dificuldades de mobilidade.
Livro é inspirado na arte de Miró e na valorização do desenho infantil
A ideia central é a proposição de jogos e atividades lúdicas que facilitam o entendimento da linguagem e mensagens expressas pelo artista. Grupos de pessoas com deficiência visual ou baixa visão têm a oportunidade de participar de roteiros com experiências táteis e descrições afetivas das obras do autor. “Todos somos diferentes e essas diferenças precisam ser consideradas. Ao encontrar uma solução, esbarramos em duas novas questões, mas o importante é que nossa equipe está atenta”, explica a coordenadora do programa CCBB Educativo, Daniela Chindler.
Ela ressalta ainda que o local oferece também oportunidades de trabalho a pessoas com qualquer tipo de limitação. “É fundamental que o trabalho seja, não somente PARA as pessoas com deficiência, e sim COM elas, vivenciando suas particularidades e necessidades no dia a dia do projeto”, pontua.