Texto para auxiliar na resolução da atividade: Uma nova técnica de captura de imagens proporcionou uma febre de retratos no lugar das pinturas e outras linguagens tradicionais (desenho, escultura e gravura). Com a novidade, era possível realizar retratos com uma camera fotográfica e por meio de processos de revelação. 1) questão: Uma nova técnica de captura de imagens proporcionou uma febre de retratos no lugar de pinturas e outras linguagens tradicionais. Com a novidade, como era possivel realizar retratos?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O Papel do papel: um breve ensaio acerca da relevância da fotografia em papel albuminado no século XIX
Primórdios da Fotografia
As décadas de 1820 e 1830 marcam o surgimento dos primeiros processos fotográficos, após um longo período de gestação, que durou alguns séculos. A quase imediata expansão da fotografia em termos globais, sua assimilação por diferentes culturas e sua rápida apropriação pelos mais distintos campos do conhecimento nos demonstram estarmos diante de um fenômeno que merece integrar a galeria dos grandes inventos da história da modernidade. Segundo William M. Ivins, Jr., "(...) é através da fotografia que arte e ciência provocaram seus efeitos mais impressionantes sobre o pensamento do homem comum contemporâneo. Sob diversos pontos de vista, a história das técnicas, da arte, da ciência e do pensamento podem ser divididas, de maneira apropriada e convincente, em seus períodos pré e pós-fotográficos."
A fotografia nasce do anseio por uma representação mecânica, supostamente mais objetiva, da realidade visual. Suas origens no ambiente positivista da Europa do século XIX, onde atuaram quase todos os seus precursores, que utilizavam a câmera obscura e a câmera lúcida para "copiar" o que viam, têm sido intensamente pesquisadas e discutidas em décadas recentes. Muito já se conhece, também, sobre a contribuição daqueles que, durante os três séculos anteriores - a que denominamos período da pré-fotografia 0 acumularam práticas, observações e descobertas nos campos da física e da química, cujo somatório culminou no surgimento da fotografia, através de diversos pesquisadores que investigavam simultaneamente processos distintos em localidades também distintas.
Neste sentido, começaríamos relembrando as experiências do inglês Thomas Wedgwood, assistido por Humphry Davy e que produziu, em 1802, cópias-contrato de folhas e outros objetos sobre papel sensibilizado com nitrato de prata sem, no entanto, descobrir uma fórmula para fixar tais imagens. Mais à frente, lembraríamos do francês Joseph-Nicéphore Niépce, conhecedor da litografia e inventor de um processo de reprodução denominado heliografia - que possibilitava a multiplicação de imagens através de um sistema muito similar a outros processos de gravura então conhecidos - e autor da primeira imagem capturada através da utilização de uma câmera obscura equipada com uma objetiva. Obtida em 1826 em sua cidade natal, Chalon-sur-Saône, essa imagem resultou do endurecimento do betume da judéia pela ação da luz - diferentemente do escurecimento das emulsões fotográficas à base de sais de prata, que viriam a possibilitar o desenvolvimento da fotografia propriamente dita, pouco tempo depois.
Em seguida, vale lembrar da descoberta isolada da fotografia havida em nosso país, em 1833 - seis anos antes, portanto, da primeira patente de um processo fotográfico ser requerida na Europa. Hercules Florence, cidadão francês radicado na Vila de São Carlos (hoje Campinas), São Paulo, não apenas desenvolveu e testou com razoável sucesso um processo fotográfico rudimentar, como também cunhou a própria palavra que o denomina photographie.
Explicação: