Texto para as questões 1 a 3
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os
olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fá-
cil compreensão científica. A sua física é idêntica à física
óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fo-
ra aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na
visão que não pertence à física.
William Blake* sabia disso e afirmou: “A árvore que o
sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso
por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sin-
to-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma
epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da
minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à fren-
te de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito traba-
lho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só
viam o lixo.
Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a
poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. Drummond
viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu
virou poema.
Dentro do texto, levando em conta o sentido puramente
denotativo, a mulher citada no segundo parágrafo pode
ser entendida como
A) desasseada.
B) diligente.
C) irascível.
D) assassina.
E) inepta.
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
No sentido denotativo, ou seja, real. A mulher que cortou a arvore é considerada inepta (tola, incapaz, sem habilidade) porque não pode notar a beleza da arvore apenas seu lixo.
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