Texto para a questão.
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se* discussões e rezingas*; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas; fazendo compras.
Duas janelas do Miranda abriram-se. Apareceu numa a Isaura, que se dispunha a começar a limpeza da casa.
— Nhá Dunga! gritou ela para baixo, a sacudir um pano de mesa; se você tem cuscuz de milho hoje, bata na porta, ouviu?
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço.
Vocabulário:
ensarilhar-se: emaranhar-se.
rezinga: resmungo.
(Fuvest-SP) — Constitui marca do registro informal da língua o trecho:
A
“mas um só ruído compacto” (1º parágrafo)
B
“ouviam-se gargalhadas” (1º parágrafo)
C
“o prazer animal de existir” (1º parágrafo)
D
“gritou ela para baixo” (4º parágrafo)
E
“bata na porta” (4º parágrafo)
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Resposta:
Resposta: E
“bata na porta” (4º parágrafo)
Explicação:
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“bata na porta” (4º parágrafo)