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Desmatamento da Amazônia diminui chuvas e afeta abastecimento
do Sistema Cantareira, diz especialista
Sistema que abastece a Região Metropolitana de São Paulo opera com 45,2% da capacidade neste domingo (19). Segundo professor da USP, falta de chuvas também aumenta uso de termoelétricas, o que reflete na conta de luz para o consumidor.
O desmatamento na Amazônia interfere nas chuvas que irrigam a porção central do país e abastecem o reservatório do Sistema Cantareira, na Grande São Paulo, de acordo com pesquisador da Universidade de São Paulo (USP). A área com alertas de desmatamento na Amazônia Legal em 2019 aumentou 85,3% na comparação com 2018, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Neste domingo (19), o Sistema Cantareira opera com 45,2% da sua capacidade. A Agência Nacional de Águas (ANA) define como estado de alerta quando o nível do reservatório está igual ou abaixo de 40%. Acima de 40% até 59,9%, o estado é de atenção. Para ser considerado normal, precisa chegar a 60%.
O Cantareira abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia, 46% da população da Região Metropolitana de São Paulo, segundo a ANA.
O professor do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP e da Universidade do Porto, em Portugal, onde ministra aula no programa de pós de Ciência e Tecnologias do Ambiente, Pedro Côrtes, afirma que, na Amazônia, as grandes árvores são responsáveis por captar água do subsolo profundo. Com a transpiração das plantas, essa água capturada vai para a atmosfera sob a forma de umidade e é transportada pelo vento até o Sul do Brasil.
A falta de chuvas também tem diminuído ou impedido a geração hidroelétrica, o que tem feito o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste apelar para as termoelétricas para geração de energia. Devido ao custo operacional maior, o preço maior chega ao consumidor na conta de luz.
Crise hídrica
Desde o final da crise hídrica, há quatro anos, o Sistema Cantareira não se recuperou totalmente. No dia 19 de janeiro de 2012, o reservatório do sistema operava com 71,4% de sua capacidade. No mesmo dia de 2011, o volume era de 96,1%. Em 2010, 96,8%. Neste domingo (19), ele está com 45,2%. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
De acordo com Côrtes, as condições atuais de nível do reservatório e prognósticos de chuva são semelhantes ao período que antecedeu a crise hídrica de 2014.
A recarga do Cantareira vai de outubro até março. Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2019, as chuvas sobre esse sistema ficaram abaixo da média histórica.
A situação, no entanto, ainda não é motivo para pânico, de acordo com o especialista.
“A situação do Cantareira ainda não preocupa muito para este primeiro semestre, mas poderá não ser adequada para o segundo semestre de 2020, pois a recarga poderá ficar abaixo do que seria desejado.”
A leitura da reportagem permite concluir que o seu conteúdo principal é
A
o aumento das contas de luz.
B
o desmatamento da Floresta Amazônica.
C
a crise hídrica do estado de São Paulo.
D
a crítica ao uso das termelétricas na geração de energia.
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c
a crise hídrica do estado são paulo
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letra c
Explicação: pq sim
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