Texto
O latim é a língua da civilização centralizada na Roma antiga e que, após sua ruína, tanto a variação pertencente ao sermo urbanus/elitizado, quanto à do sermo usualis/popularizado se disseminaram passando a fazer parte do idioma de diferentes povos, sob a denominação de romances, ou seja, línguas regionais que apareceram a partir das variações do latim. O português de Portugal e, consequentemente, o do Brasil derivam do latim oriundo de uma variação pertencente às classes humildes que habitavam uma região portuguesa denominada Lusitânia, situada ao ocidente da Península Ibérica.
Situação:
Pelas informações do texto, a aluna Filomena pesquisou mais sobre o assunto e descobriu que o Português do Brasil atual é resultado da política colonialista portuguesa, logo, do Português de Portugal que veio de uma ancestralidade latina.
Referência
SILVA. Vera Lucia da. Linguística I. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. [Unidade III].
Sobre a formação do Português do Brasil e a descoberta de Filomena, a seguir, avalie as assertivas, considerando “V” para as verdadeiras e “F” para as falsas.
I.Sermo urbanus é uma variação coloquial, popular e vulgar, pertencente ao cotidiano do povo que motivou a criação das seguintes línguas românicas: português, espanhol, italiano e francês.
II.Sermo urbanus é uma variação elitizada falada e escrita pela classe romana nobre que influenciou na formação da língua portuguesa do Brasil, quando os romanos chegaram no Brasil em 1500.
III. Sermo Usualis é uma variação do latim clássico da elite romana que falava mesa, oposta ao sermo urbanus que falava mensa comprovando o português do Brasil oriundo da elite, pois aqui falamos mesa.
IV. Sermo usualis, culto, cerimonioso, oficial e institucional auxiliou na formação do romance Português, resultando posteriormente, na variação falada dos brasileiros que obedecem a gramática normativa.
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente
Soluções para a tarefa
Resposta:
FFFF
Explicação:
sua afirmação de que a língua latina
concebeu-se sob dois aspectos: o
clássico (sermo urbanus) e o coloquial ou vulgar (sermo usualis). Para
o autor, o latim clássico era usual na
escrita e se moldava às obras dos
escritores latinos, preservando a
pureza do vocabulário, a correção
gramatical e a elegância do estilo.
Características que para Cícero
denominava-se como urbanitas
e que, portanto, caracterizava-se
como artificial, rígida e incapaz de
refletir a vida trepidante e mutável
do povo, permanecendo, por isso,
estável por muito tempo.
O latim coloquial ou corrente
era falado pelas classes inferiores da
sociedade romana (escravos, militares, gladiadores, marinheiros, agricultores,
barbeiros, sapateiros, taverneiros, artistas de circo etc.). Para o autor, essas classes
eram compostas por pessoas que encaravam o lado prático da vida, ou seja, eram:
homens livres e escravos, que se acotovelavam nas ruas, que se comprimiam nas praças [...], que frequentavam os teatros, a negócio ou em busca
de diversões, toda essa gente, enfim, que se passara pela escola, dela só
conservara os conhecimentos mais necessários ao exercício de sua atividade (COUTINHO, 1976, p. 30).
Acerca da formação do Português do Brasil, e a descoberta realizada por Filomena, é possível afirmar ao ler as frases abaixo:
I. Falsa.
II. Essa opção também é falsa.
III. Errada.
IV. Incorreta.
Portanto, todas são incorretas.
Vamos às explicações:
- I. O sermo urbarnus, de acordo com o texto, não é popular e vulgar, e sim elitizado. Essa afirmação encontra-se no seguinte trecho do texto: "tanto a variação pertencente ao sermo urbanus/elitizado, quanto...". Logo no início, o autor afirma que o latim, enquanto língua romana, possuía uma versão urbana (das elites) e popular.
- II. De fato, o sermo urbanus era a variação elitizada da língua, porém não foram os romanos que chegaram ao Brasil em 1500, e sim os portugueses. Essa afirmação não se encontra no texto, mas sabemos dela ao estudar a história do Brasil. De qualquer forma é possível inferir qual povo influenciou a língua brasileira na seguinte parte: "O português de Portugal e, consequentemente, o do Brasil derivam do latim". Assim, a influência não veio direto do latim, passou pelo português de Portugal antes.
- III. Já vimos que a variação do latim clássico da elite romana chama-se sermo urbanus. Sermo Usualis é de origem humilde, como descrito em: "sermo usualis/popularizado".
- IV. O sermo usualis era vulgar, popular, portanto não poderia ser culto, cerimonioso e institucional. Era a língua falada pelo povo, nas ruas. E foi esse que formou a linguagem das classes portuguesas humildes, da Lusitânia.
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