texto O Futuro é agora
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A tecnologia 5G é complexa e desafiadora. Para o diretor da Inatel, Carlos Nazareth Motta Marins, ela é vista como disruptiva, por apresentar cenários diferentes dos oferecidos pela tecnologia atual. “O primeiro intuito da telefonia foi comunicar com mobilidade. O tempo passou e tivemos várias mudanças, mas sempre voltadas à funcionalidade e ao aumento da comunicação de dados. O 5G é diferente, pois permite ir além”, conta.
A nova tecnologia permitirá atender a três cenários diferentes. Segundo o diretor, o primeiro é o grande aumento da taxa de dados, que poderão ser até cem vezes maiores do que no sistema 4G. A outra possibilidade refere-se ao baixo tempo de latência da rede. Ou seja: a informação demora muito menos para chegar de um ponto a outro. “Essa característica permite implantar ações inovadoras, como a internet tátil, com tempo de atraso tão pequeno que seria possível fazer uma cirurgia a distância, devido à conexão praticamente instantânea”, exemplifica.
Por fim, o último cenário diz respeito ao número de usuários. Será possível ter muito mais usuários conectados à rede – e, nem sempre, humanos. “Atualmente, os aparelhos estão conectados a, no máximo, um ou dois equipamentos conectados. Espera-se que, após a mudança, cada usuário tenha um smartphone e outros dez aparelhos conectados a seu sistema de comunicação móvel”, explica.
Porém, apesar das grandes inovações tecnológicas, é preciso lembrar que há ressalvas quanto a seu uso, e que os benefícios são consenso na comunidade acadêmica.