Texto IPara manter o funcionamento dos mecanismos sociais, os poderosos muitas vezes tentam coibir e controlar essa multiplicidade de leituras: simplesmente proibindo um livro ou, com mais sutileza, impondo um vocabulário restrito ou distorcido [...]. Pode-se banir toda uma língua, pode-se subverter certos vocabulários, pode-se distorcer o sentido de uma palavra, pode-se canalizar a linguagem para modelos literários viciados ou limitá-la a usos dogmáticos no reino da política, do comércio, da moda e, é claro, da religião. Em todos esses casos, o objetivo em vista consiste em impedir que se contem e se leiam histórias verdadeiras. [...] Usando-se determinadas palavras em contextos específicos e inventando-se termos que denotem supostos direitos e privilégios, pode-se criar a impressão de que o que está sendo dito nesse novo vocabulário é instrinsicamente verdadeiro apenas porque há palavras para dizê-lo: palavras como democracia, liberdade de expressão, igualdade, liberal são bons exemplos.MANGUEL, A. A cidade das palavras: as histórias que contamos para saber quem somos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.Segundo o texto, a preocupação dos poderosos com a língua está ligada ao fato de que elasa) servem ao poder.b) distorcem a realidade.c) promovem a democracia.d) contêm palavras ambíguas.e) carregam ideologias e ideais.
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Para os poderosos, é fácil distorcer a realidade, mudar um pensamento, subverter a ordem das coisas, apenas impondo o modo de uso da língua. Assim, continuam no poder, enquanto o povo, manobrado, segue aos prazeres dos poderosos.
Para os poderosos, é fácil distorcer a realidade, mudar um pensamento, subverter a ordem das coisas, apenas impondo o modo de uso da língua. Assim, continuam no poder, enquanto o povo, manobrado, segue aos prazeres dos poderosos.
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