TEXTO III
“Detenho-me cedo diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas; remexo
as brasas com o ferro, baixo um pouco a tampa de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Mais
tarde, abro: mais intensos clarões vermelhos lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece regozijar-se ao
receber a luz desse honesto fogo. Há chamas douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor de rosa, numa
delicadeza de guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos
na noite escura; não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de
chuva. Dentro, leva cálidos corações.”
(Rubem Braga)
A continuidade é um dos elementos da textualidade que promove o plano lógico de sentido do texto. Essa construção
pode se efetivar por intermédio de elipse, ou seja, por omissão. Esse procedimento linguístico pode ser confirmado
em qual das passagens abaixo?
a) “Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando”
b) “É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas”
c) “mais intensos clarões vermelhos lambem o grande quarto”
d) “não é a lenha do fogo”
e) “e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe”
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A resposta é a letra B, “É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas”
Nesse trecho, ha omissão do sujeito "o fogo", mencionado anteriormente.
Nesse trecho, ha omissão do sujeito "o fogo", mencionado anteriormente.
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