TEXTO II
Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como acontece com pessoas de traços delicados, o contorno é o mesmo mas a matéria foi destruída. Tenho um rosto destruído.
(DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985).
Na imagem e no texto do romance de Marguerite Duras, os dois autorretratos apontam para o modo de representação da subjetividade moderna. Na pintura e na literatura modernas, o rosto humano deforma-se, destrói-se ou fragmenta-se em razão
a) da adesão à estética do grotesco, herdada do romantismo europeu, que trouxe novas possibilidades de representação.
b) das catástrofes que assolaram o século XX e da descoberta de uma realidade psíquica pela psicanálise.
c) da opção em demonstrarem oposição aos limites estéticos da revolução permanente trazida pela arte moderna.
d) do posicionamento do artista do século XX contra a negação do passado, que se torna prática dominante na sociedade burguesa.
e) da intenção de garantir uma forma de criar obras de arte independentes da matéria presente em sua história pessoal.
Anexos:
Soluções para a tarefa
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b) das catástrofes que assolaram o século XX e da descoberta de uma realidade psíquica pela psicanálise.
o horror de sua própria psique é visível na maneira como o retrato é desenhado
o horror de sua própria psique é visível na maneira como o retrato é desenhado
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Olá!
A alternativa B) é a correta.
Essa obra de arte retrata todas as catástrofes que ocorreram no seculo XX e que ainda ocorrem atualmente, o que muda o ser humano em seu mais profundo amago.
Além disso, também retrata as diversas faces da psicanálise e vários aspectos da psique humana
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