Texto II
Para Graciliano, o roceiro pobre é um outro,
enigmático, impermeável. Não há solução fácil para uma
tentativa de incorporação dessa figura no campo da ficção.
É lidando com o impasse, ao invés de fáceis soluções, que
Graciliano vai criar Vidas Secas, elaborando uma
linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituição de
narrador em que narrador e criaturas se tocam, mas não
se identificam. Em grande medida, o debate acontece
porque, para a intelectualidade brasileira naquele
momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em
certos aspectos, ainda é visto como um ser humano de
segunda categoria, simples demais, incapaz de ter
pensamentos demasiadamente complexos. O que Vidas
Secas faz é, com pretenso não envolvimento da voz que
controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de
que essas pessoas seriam plenamente capazes.
No texto II, verifica-se que o autor utiliza
A linguagem predominantemente formal, para
problematizar, na composição de Vidas Secas, a
relação entre o escritor e o personagem popular.
B linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
C linguagem coloquial, para narrar coerentemente uma
história que apresenta o roceiro pobre de forma
pitoresca.
D linguagem formal com recursos retóricos próprios do
texto literário em prosa, para analisar determinado
momento da literatura brasileira.
E linguagem regionalista, para transmitir informações
sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para
facilitar o entendimento do texto.
gabyeisa:
não entendi oque é pra fazer'
Soluções para a tarefa
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1
Infelizmente, eu não sei :/
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2
Resposta: letra A, linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composição de "Vidas Secas", a relação entre o escritor e o personagem popular.
Abraços!
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