Português, perguntado por aninhareis9088, 11 meses atrás

TEXTO II Gosto muito de uma idéia feroz de João Cabral de Melo Neto: “Escrever é estar no extremo de si.” Nessa última fronteira, em que o EU se desvanece, o escritor pisa a parte mais inóspita de si mesmo - aquela em que se transforma em outro. Literatura não é confissão, é invenção. Para refletir sobre isso, nada melhor do que reler hoje, “Um experimento na crítica literária”, do irlandês C.S.Lewis (1898 -1963). Um livro 5 em que a Literatura se afirma como enigma e aventura. E no qual o leitor, não mais reduzido à figura de um hermeneuta, ou,ao contrário, de um diletante, se torna, ele também, um inventor. O livro não é a ilustração de um saber consagrado; tampouco é um aferidor de verdades. Ao inaugurar um mundo inteiramente novo, a Literatura é uma invenção que, em vez de explicar e dissecar a realidade, a potencializa e amplia. José Castello. O menino de Lewis. O Globo. Adaptação. Vocabulário: Hermeneuta - intérprete Diletante - amante das artes e da Literatura 07 No Texto II, José Castello afirma também que a Literatura é uma invenção. Assinale a opção em que o fragmento de texto se assemelha ao sentido construído na seguinte passagem do Texto II: “Um livro em que a Literatura se afirma como enigma e aventura. E no qual o leitor, não mais reduzido à figura de um hermeneuta, ou, ao contrário, de um diletante, se torna, ele também, um inventor.” (linhas 4-6) (A) O melhor meio de saber o que querem os poetas de amanhã é ainda conhecer o que eles exprobam à poesia de ontem. Ora, o reproche geral que ao Simbolismo fazem e que os resume todos em uma palavra, é o de ele ter desprezado a Vida. Nós sonhamos; eles querem viver e dizer que viveram, diretamente, simplesmente, intimamente, liricamente. (José Veríssimo, Que é literatura?) (B) Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim. Quer dizer: não sei o que fazer com meu espírito. O corpo informa muito. Mas eu desconheço as leis do espírito: ele vagueia. ( Clarice Lispector, Um sopro de vida ) (C) Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para as crianças... Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?... (José Saramago, A maior flor do mundo) (D) Escrever arte moderna não significa jamais para mim representar a vida atual no que tem de exterior: automóveis, cinema, asfalto. Se estas palavras frequentam meu livro não é porque pense com elas escrever moderno, mas porque sendo meu livro moderno, elas têm nele sua razão de ser. (Mário de Andrade, Prefácio interessantíssimo) (E) Meu erro foi acreditar que a vida poderia fornecer material para a minha Literatura. Viver escrevendo. Não escrevi o que devia — este foi o meu erro.

Soluções para a tarefa

Respondido por thaissacordeiro
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Olá.


Conforme o enunciado, compreende-se que:


A alternativa que corresponde ao texto II é a letra C, uma vez que no texto de Saramago, conseguimos entender que o autor fala de "repassar' a literatura para as demais pessoas, e que um dia, quem sabe, poderia ler a história, que poderia ser bem mais bonita.


No texto II fala-se em literatura como invenção, assim como no texto de José Saramago, em que é possível termos uma nova literatura, por meio de outras pessoas.


Ou seja, o próprio leitor seria o inventor. Por isso, a ligação. Porque esse leitor lê o texto de Saramago, e quem sabe daqui um tempo, seja o próprio dono da história.


Espero ter ajudado!



Respondido por mclaralimaaguiar07
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texto II é a letra C, uma vez que no texto de Saramago, conseguimos entender que o autor fala de "repassar' a literatura para as demais pessoas,

No texto II fala-se em literatura como invenção, assim como no texto de José Saramago, em que é possível termos uma nova literatura, por meio de outras pessoas.

Ou seja, o próprio leitor seria o inventor.

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