Texto II
“Entre eles, o casamento não era a mesma coisa que costuma ser para os outros; nada tinha das alegrias inefáveis ou das ilusões juvenis. Era um ato simples e grave. E foi o que Estela disse a ele no dia em que trocaram reciprocamente as primeiras promessas.
— Creio que nenhuma paixão nos cega, e se nos casamos é por nos julgarmos friamente dignos um do outro.
— Uma paixão de sua parte, em relação à minha pessoa, seria inverossímil, confessou Luís Garcia; não lhe atribuo. Pelo que me toca, era igualmente inverossímil um sentimento dessa natureza, não porque a senhora o não pudesse inspirar, mas porque eu já o não poderia ter.
— Tanto melhor, concluiu Estela; estamos na mesma situação e vamos começar uma viagem com os olhos abertos e o coração tranquilo. Parece que em geral os casamentos começam pelo amor e acabam pela estima; nós começamos pela estima; é muito mais seguro.”
ASSIS, Machado de. Iaiá Garcia (fragmento).
A ironia é uma característica marcante nas obras de Machado de Assis e está sempre presente ao serem feitas reflexões sobre o homem e suas contradições. No texto I, o autor usa com maestria as palavras, obtendo, por meio de sua combinação, o efeito irônico desejado. Indique a alternativa em que o trecho apresenta essa ironia machadiana:
A) “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis [...]”
B) “Meu pai, logo que teve aragem dos quinze contos, sobressaltou-se deveras [...]”
C) “Dessa vez, disse ele, vais para Europa, vais cursar uma Universidade [...]”
D) “[...] quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno.”
E) “Gatuno, sim senhor; não é outra coisa um filho que me faz isto...”
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pra mim e letra d
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eu acho e que
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Resposta:
C) “Dessa vez, disse ele, vais para Europa, vais cursar uma Universidade
Explicação:
Espero ter ajudado bastante. Bons estudos amores!!!
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