Texto IBenvinda: Lá na Rua do Ouvidô.Figueiredo: Ouvidorr... Ouvidorr... Não faças economia nos erres, porque apesar da carestia geral, eles não aumentarão de preço. E sibila bem os esses – Assim... Bom. Vai e até logo! Mas vê lá: nada de olhadelas, nada de respostas! Vai!Benvinda: Inté logo.Figueiredo: Que inté logo! Até logo é que é! Olha, em vez de inté logo, dize: Au revoir! Tem muita graça de vez em quando uma palavra ou uma expressão francesa.Benvinda: Ô revoá!Figueiredo: Antes isso! Não te mexa tanto, rapariga.AZEVEDO, A. A capital federal. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1965.Texto IIMonteiro Lobato também apareceu no front do abrasileiramento da língua. Apoiou iniciativas como a publicação de dicionários de português do Brasil e elogiou montagens teatrais que dispensavam a atuação lusitana. Mais do que tudo, foi ele próprio um dos artífices desta mudança. O estouro de Urupês e do Jeca, citado em discurso por Rui Barbosa, deu-lhe a fama de “o mais brasileiro dos escritores brasileiros”, com um estilo pessoal que não se submetia aos ditames da antiga Metrópole.GONÇALVES, M. 1922: a semana que não terminou. São Paulo: Ccompanhia das Letras, 2012.Ambos os trechos trabalham com a temática da língua como elemento cultural. O texto II, que apresenta o escritor Monteiro Lobato, contrasta com o texto I principalmente pelo(a)a) compromisso explícito com a difusão da norma culta.b) defesa de uma cultura que segrega o que vem de fora.c) necessidade de romper com certa dependência política de Portugal.d) defesa da cultura nacional, valorizando o português falado no Brasil.e) desejo de promover a cultura portuguesa no Brasil.
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aumentarão de preço. E sibila bem os esses – Assim... Bom. Vai e até logo! Mas vê lá: nada de olhadelas, nada de respostas! Vai!Benvinda: Inté logo.Figueiredo: Que inté logo! Até logo é que é! Olha, em vez de inté logo, dize: Au revoir! Tem muita graça de vez em quando uma palavra ou uma expressão francesa.Benvinda: Ô revoá!Figueiredo: Antes isso! Não te mexa tanto, rapariga.AZEVEDO, A. A capital federal. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1965.Texto IIMonteiro Lobato também apareceu no front do abrasileiramento da língua. Apoiou iniciativas como a publicação de dicionários de português do Brasil e elogiou montagens teatrais que dispensavam a atuação lusitana. Mais do que tudo, foi ele próprio um dos artífices desta mudança. O estouro de Urupês e do Jeca, citado em discurso por Rui Barbosa, deu-lhe a fama de “o mais brasileiro dos escritores brasileiros”, com um estilo pessoal que não se submetia aos ditames da antiga Metrópole.GONÇALVES, M. 1922: a semana que não terminou. São Paulo: Ccompanhia das Letras, 2012.Ambos os trechos trabalham com a temática da língua como elemento cultural. O texto II, que apresenta o escritor Monteiro Lobato, contrasta com o texto I principalmente pelo(a)a) compromisso explícito com a difusão da norma culta.b) defesa de uma cultura que segrega o que vem de fora.c) necessidade de romper com certa dependência política de Portugal.d) defesa da cultura nacional, valorizando o português falado no Brasil.e) desejo de promover a cultura portuguesa no Brasil.
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