TEXTO I
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles
TEXTO II
O ESPELHO
E como eu passasse por diante do espelho
não vi meu quarto com as suas estantes
nem este meu rosto
onde escorre o tempo.
Vi primeiro uns retratos na parede:
janelas onde olham avós hirsutos
e as vovozinhas de saia-balão
Como pára-quedistas às avessas que subissem do
fundo do tempo.
O relógio marcava a hora
mas não dizia o dia. O Tempo,
desconcertado,
estava parado.
Sim, estava parado
Em cima do telhado...
Como um catavento que perdeu as asas!
Mario Quintana
Quanto ao uso da figura anáfora, podemos afirmar que:
a) Está presente na personificação do relógio no texto de Mário Quintana.
b) Nas comparações estabelecidas no TEXTO II.
c) Na repetição do pronome Eu no texto de Cecília Meireles.
d) Na exploração dos adjetivos no texto “Retrato”.
e) Nenhum dos textos explora essa figura de linguagem.
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c) Na repetição do pronome Eu no texto de Cecília Meireles. Pois anafora é a figura de linguagem responsavel pela repetição de palavras.
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