Português, perguntado por laelnuness, 6 meses atrás

Texto I
O suspeito preso pela polícia por empurrar uma mulher de uma plataforma do Metrô de São Paulo confessou o crime, alegando que não conhecia a vítima e que teve um acesso de raiva no momento, segundo informou nesta sexta-feira (28) ao G1 a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública. A auxiliar administrativa Maria da Conceição Oliveira perdeu o braço direito e segue internada na Santa Casa, no Centro de São Paulo.

Texto II

[…] Há algo de trágico nos loucos. E não apenas o que é definido como loucura nessa época histórica. Há uma outra tragédia, que é a de não ser escutado. Sempre que alguém com um diagnóstico de doença mental comete um crime, a patologia é usada para anular as interrogações e esvaziar o discurso de sentido. A pessoa não é mais uma pessoa, com história e circunstâncias, na qual a doença é uma circunstância e uma parte da história, jamais o todo. A pessoa deixa de ser uma pessoa para ser uma doença. Se há um histórico, é o de sua ficha médica, marcada por internações e medicamentos — ou a falta de um e de outro. Esvaziada de sua humanidade, o que diz é automaticamente descartado como sem substância. A doença mental, ao substituir a pessoa, explica também o crime. E, se não há sujeito, não é preciso nem pensar sobre os significados do crime, nem sobre o que diz aquele que o cometeu. […]

O discurso do louco é encarado como uma afirmação (e confirmação) da sua loucura, o que é outra forma de não escutá-lo. No caso de Alessandro, uma das provas da loucura do louco teria sido ele dizer que jogou Maria nos trilhos do metrô por raiva e também por vingança. Explícito assim. Outra prova da loucura do louco revelou-se ao afirmar que não a conhecia, que a escolheu de forma aleatória. “Desconexo” — foi o adjetivo usado para definir o discurso de Alessandro. Sua vítima não era torcedora do Santos, não era lésbica, não tinha furtado um celular ou um xampu, as desrazões interpretadas como razões. Por que, então? O louco confessou: Maria não era Maria, já que não a conhecia nem sabia o seu nome, mas o “pessoal do mundo”. A lucidez do louco talvez seja a de não vestir como razão a nudez do seu ódio — ou a nudez do seu medo. Por isso também é louco […]


Observando os recursos de linguagem usados nos textos citados, que tratam do mesmo assunto, é possível afirmar que:


O texto I é informativo e o II é opinativo e reflexivo.


O texto I promove conexão entre o fato central e outros correlatos.


Eliane Brum, no texto II, usa uma linguagem impessoal e direta.


O texto I apresenta a notícia de modo profundo, porque se trata de uma reportagem.


0s dois textos interpretam o fato ocorrido de forma semelhante.

Soluções para a tarefa

Respondido por ge835
1

Resposta:

Letra A

Explicação:

O texto 1 é informativo e o 2 é opinativo.

Não tenho certeza.

Respondido por mayararego97
2

Resposta:

LETRA A

Explicação:

O texto I é informativo e o II é opinativo. Acabei de corrigir!

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