Texto I Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.Muda-se o ser, muda-se a confiança;Todo o Mundo é composto de mudança,Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades,Diferentes em tudo da esperança;Do mal ficam as mágoas na lembrança,E do bem (se algum houve...) as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto,Que já coberto foi de neve fria,E, enfim, converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia,Outra mudança faz de mor espanto,Que não se muda já como soia.Referência 1CAMÕES, Luís Vaz de. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. In: Sonetos. Disponível em: . Acesso em: abr. 2017.Texto Base 2 Texto II [...] Ricardo Reis saiu, eram três menos um quarto, tempo de ir andando, atravessou a praça onde puseram o poeta, todos os caminhos portugueses vão dar a Camões, de cada vez mudado consoante os olhos que o veem, em vida seu braço às armas feito e mente às musas dada, agora de espada na bainha, cerrado o livro, os olhos cegos, ambos, tanto lhos picam os pombos como os olhares indiferentes de quem passa. [...]Referência 2SARAMAGO, José. O ano da morte de Ricardo Reis. São Paulo: Companhia das Letras, 1984, p. 180. (Fragmento) Luís Vaz de Camões escreveu, além da grande epopeia portuguesa, Os Lusíadas, diversos outros poemas que compõem a literatura lusitana. Com base na leitura do soneto e do fragmento da obra de José Saramago, escritor contemporâneo português, é possível compreender que: 1 ponto o autor trata sobre a rotina de Ricardo Reis, grande poeta que se espelhava na produção camoniana para compor sua obra. a mudança proposta pelo poema de Camões não passa de uma grande farsa, posto que Portugal não mudou, nem a produção literária do país no decurso do tempo. o escritor retrata o incidente que deixou o poeta cego, devido à picada incessante de pombos no seu globo ocular, o que fez com que ele se tornasse caolho. a obra de Camões é revisitada, em tom de homenagem, confirmando a ideia de que, após suas composições, toda a literatura portuguesa perpassa a obra camoniana. o autor contemporâneo não dá credibilidade a obra de Camões, colocando que seus escritos tratam de um lugar comum na literatura e, por isso, não há grande valor para a produção portuguesa.
Soluções para a tarefa
Quanto ao escrito de José Saramago, pode-se dizer que Camões é uma figura ilustre para a Literatura e muito honrada (D).
Camões é uma personagem da literatura muito importante e interessante: até hoje não se sabe ao certo onde e como nasceu e morreu, mas sabe-se que, além de escritor, Luís de Camões foi soldado e viveu no século XVI, sendo símbolo do Classicismo português.
Camões vivia uma vida desregrada, sendo preso algumas vezes e se dedicava à vida de boemia. Em uma de suas prisões, escreveu sua obra mais célebre: "Os Lusíadas", poesia épica que narra a viagem de Vasco da Gama às Índias.
Ao retornar para Portugal, tinha a intenção de publicar sua obra e, assim, D. Sebastião, então Rei de Portugal, deu-lhe uma quantia simbólica para concretizar o seu desejo. Camões só veio a ficar reconhecido, de fato, postumamente.
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