Texto I
Leia a citação que auxilia a compreensão sobre variação e mudança linguísticas.
“Justamente pelo caráter heterogêneo, instável e mutante das línguas humanas, a grande maioria das pessoas acha muito mais confortável e tranquilizador pensar na língua como algo que já terminou de se construir, como uma ponte firme e sólida, por onde a gente pode caminhar sem medo de cair e de se afogar na correnteza vertiginosa que corre lá embaixo. Mas essa ponte não é feita de concreto, é feita de abstrato… O real estado da língua é o das águas de um rio, que nunca param de correr e de se agitar, que sobem e descem conforme o regime das chuvas, sujeitas a se precipitar por cachoeiras, a se estreitar entre as montanhas e a se alargar pelas planícies...” (BAGNO, 2007, p. 36).
Texto II
Leia os textos seguintes:
a) Cantiga de amigo escrita no século XII:
Perdud’ei, madre, dud’eu, meu amigo;
E mai sobervia mi-o tolheu
Que fiz o que m’el defendeu.
b) Carta de Pero Vaz de Caminha escrita no século XVI:
Posto queo capitam moor desta vossa frota e asy os outros capitãães screpuam avossa alteza anoua do achamento desta vossa terra noua que ora nesta nauegaçom achou, nom lixarey tam bem de dar disso minha comta avossa alteza asy como eu milhor poder ajmda que perao bem contar e falar o saiba pior que todos fazer [...]. (BAGNO, 2003. p. 110 e 111).
Referências
BAGNO, Marcos. Norma oculta: língua & poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
Em relação a diferença entre variação e mudança linguísticas e considerando os textos I e II, avalie as afirmações a seguir.
I. A cantiga de amigo e a carta de Pero Vaz confirmam, na prática, que a língua está sempre em processo de variação e mudança e o texto b é de mais fácil compreensão que o texto a.
II.A Cantiga e a Carta são produzidas em épocas diferentes e o uso da língua nos dois textos contraria a teoria da sociolinguística, comprovando que a língua é homogênea.
III. Os itens a e b do texto II justificam a teoria apresentada no texto I que define a língua como um rio que flui em correnteza e jamais como uma lagoa com água parada e que não se movimenta.
IV. A carta de Pero, se fosse escrita hoje, seria produzida de modo diferente como, por exemplo, as palavras “capitam, milhor e nauegaçom” seriam escritas como “capitão, melhor e navegação”.
É correto o que se afirma em.
I. A criança exposta à língua inglesa em seu ambiente irá desenvolver regras ativas dessa língua.
II. A língua portuguesa possibilita produzir frases cujo sujeito tenha valor nulo [Ø cheguei], assim, a criança atribuirá valor positivo ao parâmetro sujeito nulo.
III. A posição sujeito na língua francesa deve ser preenchida, assim, não é possível o sujeito nulo [Ø suis arrivé], sendo então esse parâmetro de valor negativo.
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Resposta: alternativa I, III e IV, apenas.
Explicação:
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