TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defen - sores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
(CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987).
TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.
(SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902).
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da
a) manipulação e incompetência.
b) ignorância e solidariedade.
c) hesitação e obstinação.
d) esperança e valentia.
e) bravura e loucura.
Soluções para a tarefa
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Resposta: E
Comentário: O primeiro texto demonstra que o esgotamento de forças e de homens na resistência de Canudos evidencia desesperança e ratifica a bravura dos envolvidos no conflito. Já o segundo texto ao se referir aos "fanáticos" sobreviventes subtende-se uma ideia de loucura quando estes tentam encarar o exército.
Assunto: Movimentos Sociais na Primeira República
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Resposta:
letra E
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