TEXTO I
A permanência da crônica
Historicamente, a crônica brasileira estabeleceu-se no momento mesmo em que os jornais adquiriram caráter de empresa industrial. [...] O hibridismo da crônica, que dialoga ao mesmo tempo com o jornalismo, com a prosa de ficção e com a poesia, é o que dá a nota original ao gênero — sua riqueza ou sua deficiência, dependendo de quem a maneja.
Interessante é que a crônica não conhece exatamente uma evolução, pois os pressupostos do gênero já se encontram nos primeiros escritores que a ela se dedicaram, José de Alencar (1829-1877) e Machado de Assis (1839-1908), a partir da década de 50 do século XIX. Eles perceberam de imediato a importância do espaço do jornal como forma de intervenção na sociedade, comentando desde pequenos incidentes cotidianos até os grandes fatos da nação, polêmico o primeiro, sarcástico o outro, nunca descurando ambos da língua.
RUFATTO, L. A permanência da crônica.
TEXTO II
O nascimento da crônica
Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue; está começada a crônica.
De acordo com os textos, este gênero surge da necessidade de
a) conquistar um novo espaço para que a literatura tradicional pudesse veicular seus textos e acessar um público mais amplo.
b) captar a realidade cotidiana e compartilhá-la com o leitor, sempre por meio de uma linguagem isenta, livre de julgamentos.
c) discorrer sobre os problemas sociais da época, partindo de coisas simples, mas articuladas com maestria por meio de linguagem criativa.
d) falar sobre as ocorrências do dia a dia de maneira descontraída e interessante, visando captar novos leitores para o universo literário.
e) comprovar o valor da crônica, considerando que muitos a entendiam como um gênero deficiente e dotado de pouca qualidade literária.
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Resposta:
1A 2D
Explicação:
PODE CONFIAR
vqvsvqvs:
é so uma alternativa
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Resposta: c) discorrer sobre os problemas sociais da época, partindo de coisas simples, mas articuladas com maestria por meio de linguagem criativa.
Explicação:
"Eles perceberam de imediato a importância do espaço do jornal como forma de intervenção na sociedade, comentando desde pequenos incidentes cotidianos até os grandes fatos da nação, polêmico o primeiro, sarcástico o outro, nunca descurando ambos da língua."
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