Português, perguntado por robsonagb, 3 meses atrás

Texto [...]
E existe um povo que a bandeira empresta Para cobrir tanta infâmia e covardia! ...
E deixa transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria! ...
Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio! ... Musa! Chora, chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto

Auriverde pendão da minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança,
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um 1 ris no pélago profundo!...
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga Levantai¬vos, heróis do Novo Mundo!... Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares!
“O navio negreiro’, Castro Alves.

Considerando que hipérbole é um recurso que tem por finalidade produzir uma afirmação exagerada, assinale a alternativa em que se emprega esse recurso. *

5 pontos

a) “Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, / Que impudente na gávea tripudia?”

b) “Auriverde pendão de minha terra,! Que a brisa do Brasil beija e balança” [...]

c) “Silêncio! Musa! chora, chora tanto! Que o pavilhão se lave no teu prantol

d) “Tu, que da liberdade após a guerra, / Foste hasteado dos heróis na ​

Soluções para a tarefa

Respondido por jalves26
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Há uso de hipérbole nos versos:

c) "Silêncio! Musa! chora, chora tanto! Que o pavilhão se lave no teu pranto!"

Explicação:

Nota-se um exagero nesse versos devido à sugestão de que a mulher iria chorar tanto ao ponto que o pavilhão poderia ser lavado com suas lágrimas.

Nos itens a e b, nota-se a figura de linguagem personificação, pois a ação de tripudiar foi atribuída à bandeira e a de beijar foi atribuída à brisa, ambos seres não humanos.

A personificação também está presente na letra d, em que o poeta usa o pronome "tu" para se referir à bandeira.

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